PALÁCIO NACIONAL DE SINTRA: O MONUMENTO DAS CHAMINÉS

O Palácio Nacional de Sintra, cuja construção iniciou-se no século XV, é um dos monumentos mais visitados em Sintra. Aliás, em 2008, foi o palácio nacional mais visitado em Portugal. Ele fica bem no centro histórico, sendo um convite para uma visitação interna a todos os turistas que passam pelas ruas da vila. Então é bem prático para o turista incluir o palácio no seu roteiro. Ele não tem a grandiosidade do Palácio da Pena, mas também é dono de uma arquitetura preciosa. O que mais se destaca nesse palácio, pelo menos na minha opinião, são os revestimentos azulejares, os tetos muito bem trabalhados de alguns compartimentos, as janelas da fachada, os portais de algumas salas e suas chaminés gêmeas. De todos os seus cômodos, o que mais impressiona é a Sala dos Brasões.       

O Palácio Nacional de Sintra, que foi usado pela Família Real de Portugal, também não escapou aos danos provocados pelo Grande Terremoto de Lisboa, mas foi restaurado depois. Aliás, muitas mudanças foram feitas ao longo dos anos. Abaixo, mostro várias fotos dos compartimentos internos do palácio (mas não de todas as salas), principalmente daqueles que mais gostei. Mostro também exemplos de móveis que decoram seus ambientes, pois muito me agrada ver como eram na época dos reis. As camas, em particular, são muito interessantes.  

Não se esqueça de que o ingresso para o Palácio Nacional de Sintra pode ser comprado em conjunto com outras atrações da vila. Você obtém todas as informações (preços, horários etc.) no site oficial dos Parques de Sintra.


Fachada do Palácio Nacional de Sintra. Suas duas chaminés cônicas brancas (que fazem parte da cozinha do palácio) são como uma marca registrada na paisagem de Sintra e facilmente identificam o palácio. 



No pátio externo do Palácio Nacional de Sintra. 



A Sala dos Cisnes do Palácio Nacional de Sintra.  Era nesta sala onde aconteciam as cerimônias mais importantes da época e ainda hoje é usada para banquetes oficiais. Conforme diz uma placa de informação no local, esta sala é a "primitiva Sala Grande do Paço de D. João I, construída no início do séc. XV. Durante o reinado de D. Manuel I (1495-1521) é designada por Sala dos Infantes, datando desta época o revestimento azulejar e a estrutura do tecto, restaurados após o terremoto de 1755." 



O teto da Sala dos Cisnes.



Depois de passarmos pelo Pátio Central, entramos aqui, na Sala das Pegas, que tem um lindo painel de azulejos. Aqui eram recebidas as pessoas mais importantes do reino e os embaixadores estrangeiros. 



Quarto de D. Sebastião do Palácio Nacional de Sintra, que era a Câmara do Ouro no início do século XV por causa da decoração que havia aqui na época. Foi o quarto de dormir do rei D. Sebastião no final do século XVI. Azulejos do século XVI revestem as paredes. 


Sala Júlio César. Tapeçaria flamenga do século XVI, representando uma cena da vida do general romano.  



Esta é a Sala das Galés do Palácio Nacional de Sintra. Também com revestimento azulejar.



Assim como no Palácio da Pena, os móveis de época do Palácio Nacional de Sintra me chamaram a atenção.



Uma parte dos jardins do Palácio Nacional de Sintra.











Porta de entrada para a Sala dos Brasões, a mais bonita do Palácio Nacional de Sintra.



A Sala dos Brasões. As paredes são revestidas por azulejos do século XVIII. O que faz essa sala se destacar são os bonitos painéis de azulejos e a sua cúpula.  



A linda cúpula da Sala dos Brasões do Palácio Nacional de Sintra, com os brasões dos oito filhos do Rei D. Manuel I com a segunda mulher, D. Maria. 



Uma das cenas dos bonitos painéis de azulejos da Sala dos Brasões.



Sala dos Brasões do Palácio Nacional de Sintra. 



Paredes da Sala dos Brasões



Paredes da Sala dos Brasões - Palácio Nacional de Sintra. 



A Capela Palatina do Palácio Nacional de Sintra. Conforme nos informa uma placa no local, "a capela foi edificada no reinado de D. Dinis, no início do séc. XIV, sofrendo ao longo do século XV várias alterações: o tecto em alfarge de influência islâmica, o tapete cerâmico de alicatado e a decoração de frescos das paredes, estes últimos refeitos durante os restauros realizados nos anos trinta do séc. XX".



O tapete cerâmico da Capela Palatina.



A Sala dos Árabes. Foi provavelmente o quarto de dormir de D. João I e tinha uma escada em forma de caracol que se comunicava com o guarda-roupa do rei. Azulejos e uma fonte central em bronze decoram o espaço.



Exemplo dos móveis antigos que decoram os cômodos do Palácio Nacional de Sintra.



Quarto de Hóspedes: "Trascâmara de D. João I: oratório e quarto de vestir. Última dependência e a mais íntima dos aposentos reais à qual só acedia o monarca", segundo informação no local. Repare nos móveis antigos. 




















A enorme cozinha do Palácio Nacional de Sintra. Aqui vemos o fogão à lenha e o espeto. A construção da cozinha deve-se a D. João I. Ela é dos inícios do século XV e foi projetada para grandes banquetes de caça.



Cozinha do Palácio Nacional de Sintra, um dos espaços mais interessantes daqui.



Fogão à lenha e forno na cozinha do Palácio Nacional de Sintra. Interessante ver como eram as cozinhas da realeza no passado.



Parte da cozinha do Palácio Nacional de Sintra.



Interior de uma das chaminés gêmeas visto na cozinha do palácio.



A Sala Manuelina, construída por D. Manuel I. Também uma das mais bonitas do Palácio Nacional de Sintra. Os portais e o revestimento das paredes em azulejos se destacam.



Sala Manuelina - Palácio Nacional de Sintra.



Lareira e espelho da Sala Manuelina.



As interessantes janelas manuelinas do Palácio Nacional de Sintra.



Mesmo que você não tenha tempo de visitar o interior do Palácio Nacional de Sintra, não deixe de entrar no pátio que fica de frente a ele, pois lá é um dos melhores locais para tirar belas fotos panorâmicas do vilarejo.



As chaminés gêmeas do Palácio Nacional de Sintra, que têm 33 metros de altura.



Fachada do Palácio Nacional de Sintra, com uma fonte na frente. Essa é a entrada para se visitar o palácio. 


VISITA AO CASTELO DOS MOUROS: TODO ESFORÇO COMPENSA

O Castelo dos Mouros ou Castelo de Sintra está localizado na Serra de Sintra, em Portugal, vilarejo que fica a cerca de quarenta minutos de trem de Lisboa. O Castelo dos Mouros é uma das grandes atrações de Sintra, assim como o Palácio da Pena e a Quinta da Regaleira, e constitui-se numa fortificação construída por volta do século X (algumas referências dizem que o castelo possivelmente data do século IX) após a conquista muçulmana da Península Ibérica. A construção do castelo teve por objetivo a vigilância de Lisboa e arredores.

O Castelo dos Mouros passou por um longo período de abandono e foi muito danificado depois do Grande Terremoto de 1755, aquele que destruiu Lisboa. Mas, em 1839, o rei D. Fernando II mandou fazer amplas restaurações no Castelo dos Mouros e na área em volta e então foram adicionados pontos de observação e caminhos de acesso. Ainda bem que o rei enxergou a importância e beleza daquele lugar e que estudiosos têm voltado sua atenção à fortificação, pois não merece mesmo ser ignorada. Os Parques de Sintra, por exemplo, têm desenvolvido trabalhos arqueológicos no local tendo como um dos objetivos descobrir importantes questões sobre a história das ocupações humanas no castelo.  

Para visitar o Castelo dos Mouros, você precisa ter disposição para subir várias escadas a fim de desfrutar de belas vistas da serra de Sintra, podendo admirar lá do topo da montanha atrações como o Palácio da Pena e o Palácio Nacional de Sintra. Quem não tiver condições físicas para subir os vários degraus (não que seja muito puxado, mas exige um certo esforço) talvez se contente em observar o castelo subindo até somente alguns mirantes de pouca altitude. Entretanto, quem tem condições de subir e descer escadas não pode deixar de fazê-lo nesse castelo, pois se não estará perdendo o melhor da visita. Por isso, meu conselho é: não visite o Castelo dos Mouros com pressa. É um pouco cansativo, demanda tempo (acho que ficamos pelo menos uma hora e meia lá dentro), mas percorrer aquelas muralhas é uma viagem ao passado e as vistas compensam o esforço. É preciso ir com calçados apropriados (tênis, de preferência), pois há vários desníveis no chão e há alguns pontos bem altos que são até perigosos, pois não têm mureta de proteção. Mas é só tomar cuidado, principalmente se for com crianças. Quem tem vertigem pode não se sentir muito bem em certos pontos, mas eu tenho e sinceramente não tive nenhum problema nesse passeio.    

É bem verdade que uma visita guiada ao Castelo dos Mouros teria sido melhor porque não dá para entender sozinho o que era o que do que restou daquela fortificação, ainda mais sabendo que a grande parte do que está ali não é original ou foi remodelado. Mas uma visita guiada requer planejamento e tempo, coisa que não se tem quando a intenção é aproveitar o máximo das atrações de Sintra em apenas um dia. Mas, mesmo entendendo o mínimo daquela construção, vale muito a pena percorrer todo aquele cenário que remete a séculos atrás.    

No site oficial dos Parques de Sintra, você pode obter todas as informações sobre preços, horário de funcionamento, pontos de atração, entre outras questões sobre o Castelo dos Mouros.



Assim que você entra no parque onde está o Castelo dos Mouros, você já se encanta com toda aquela área verde com muitas pedras. É preciso caminhar um pouco até chegar à entrada principal, que é onde está o Centro de Apoio ao Visitante. 



Caminhando ao encontro do Castelo dos Mouros.







E logo já avistamos uma linha de muralha.



O caminho até o Centro de Apoio ao Visitante é cercado de pedras e jardins.



Não demorou muito e já estávamos perto da Muralha que é a entrada para a área de acesso ao Centro de Apoio ao Visitante e às escadarias do Castelo que levam a incríveis mirantes (são chamados de "miradouros" em Portugal).



A Muralha do Castelo dos Mouros.




E então entramos nesta praça onde temos à esquerda loja, cafeteria e banheiros, e à direita temos toda aquela extensão da muralha do Castelo dos Mouros nos convidando para uma "escalada". 



Aqui, o Centro de Apoio ao Visitante, com loja, cafeteria e banheiros.



Aqui, a cafeteria. 



E atrás de mim, a muralha do Castelo dos Mouros.



Fomos subindo e descendo escadas e indo parar em pontos de observação. 







Subindo as escadas do Castelo dos Mouros.



E então chegamos à Alcáçova do Castelo dos Mouros. Segundo uma placa de informação no local, a Alcáçova é "um pequeno reduto onde residiam as autoridades locais. Erguida num dos pontos mais elevados, visível de toda a várzea e Atlântico, é o centro estratégico da fortificação. [...] Esta zona foi sujeita a grandes remodelações que arrasaram praticamente todas as estruturas de fundação muçulmana".



Na Alcáçova do Castelo dos Mouros.



A Alcáçova do Castelo dos Mouros. 



Veja que há uma torre onde estou e outra do outro lado (a Torre Real), ao fundo. Depois que saímos daqui fomos até essa torre ao fundo. E para isso é preciso subir muitos degraus.



De onde estamos (na Alcáçova), temos uma bela vista da Torre Real do Castelo dos Mouros.



Castelo dos Mouros



A Alcáçova do Castelo dos Mouros. 



A Alcáçova do Castelo dos Mouros. 



Nesta foto, podemos ver como são as escadas que levam às torres do Castelo dos Mouros.



Vista panorâmica sobre Sintra no alto do Castelo dos Mouros.



Vista da serra de Sintra, no topo da fortificação de origem muçulmana.



Quando chegamos perto da Torre Real no Castelo dos Mouros, vemos o majestoso Palácio da Pena à esquerda.



Castelo dos Mouros 



Explorando as áreas do Castelo dos Mouros no caminho para a Torre Real.




Numa das torres do Castelo dos Mouros.



E uma vista lá de baixo, da praça.



E então fomos subindo até a Torre Real, que tem a mais espetacular vista do Castelo dos Mouros. 



Viemos andando tudo isso, de degrau em degrau, de torre em torre.



E fomos presenteados com esta vista do Palácio da Pena.



Na Torre Real do Castelo dos Mouros.



Vista a partir da Torre Real do Castelo dos Mouros. Segundo uma placa de informação aqui, a Torre Real "terá sido um dos locais prediletos de D. Fernando II, que aqui usufruiria da paisagem como inspiração artística do seu ideal romântico".  



Castelo dos Mouros - atração imperdível da vila de Sintra, em Portugal.


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