PORTO, ÀS MARGENS DO DOURO: UM CARTÃO-POSTAL DE PORTUGAL

Sugestões de passeios no Porto, Portugal


Bem-vindo a mais uma postagem do Porto, que é, para mim, a cidade mais querida de Portugal!!!


É com enorme prazer que compartilho minha quarta visita ao Porto, minha terra natal. Desta vez, procurei fazer algumas visitas internas que eu ainda não tinha conseguido realizar e um passeio super legal: um cruzeiro de 50 minutos pelo Rio Douro. No final desta postagem, dou sugestões de roteiros para quem vai passar um, dois, três ou mais dias no Porto. E não deixe de ver também as outras postagens do Porto (links abaixo), nas quais mostro mais passeios e fotos lindas dessa cidade que mora no meu coração! 





Para organizar melhor esta postagem, separei os passeios pelos dias em que foram realizados.


DIA 1:


Centro Comercial Parque Nascente, em Rio Tinto:


Neste primeiro dia de passeio no Porto, fomos primeiramente ao Centro Comercial Parque Nascente, um shopping muito bom que fica perto do Estádio do Dragão. Teoricamente falando, o shopping fica em Rio Tinto, que é outra cidade do distrito (estado) do Porto. Mas as duas cidades estão ali, uma tão pertinho da outra, que é como se fossem uma coisa só. Nós pegamos um táxi da estação de trem de Campanhã (que fica no Porto) até o shopping e pagamos cerca de 10 euros pela corrida.



O motivo principal da vinda ao shopping Parque Nascente foi a grande loja de eletrônicos da rede Media Markt (ao fundo). A rede conta com lojas espalhadas por toda a Europa e em Portugal há em várias outras cidades, como em Sintra e Gaia. 



Claro que aproveitei a vinda ao Parque Nascente para fazer umas comprinhas em outras lojas também, como na minha adorada Primark. Adorada porque ela é uma loja de departamentos (tipo a C&A do Brasil) que vende quase de tudo bem barato, mais do que no Brasil, mesmo sendo em euros. É claro que os produtos, dependendo de quanto custem, não são das melhores qualidades, mas, mesmo assim, fazendo uma boa busca, as compras valem muito a pena, principalmente para as mulheres: bijuterias, maquiagem, roupa etc. A Primark existe no Reino Unido e em vários países da Europa e é uma queridinha dos brasileiros.



O shopping Parque Nascente é grandinho: tem praça de alimentação, cinema, supermercado e várias lojas de diferentes ramos. A famosa Zara, por exemplo, está lá.



E, para a minha surpresa, uma loja que também está no Parque Nascente é a brasileiríssima O Boticário. Outro bom shopping center é o Shopping Cidade do Porto (mas ainda não o visitamos), este fica mesmo na cidade do Porto e perto da Casa da Música. 


Estádio do Dragão:


Depois do shopping, pegamos novamente um táxi com destino à Torre dos Clérigos. No caminho, passamos em frente ao Estádio do Dragão. O bonito estádio de futebol foi inaugurado em 2003. 


Torre dos Clérigos:


E, então, chegamos à Torre dos Clérigos! Seu roteiro turístico no Porto tem que passar por este monumento, ao menos para admirar a sua fachada. A torre é o principal monumento do Porto. Apesar de esta ser minha quarta viagem ao Porto, somente agora me programei direitinho para poder pegar a igreja aberta e conhecê-la internamente.



A rua ao lado da Torre dos Clérigos é um bom exemplo de ruas típicas no Porto. Rua íngreme, estreita e cheia de comércio. Não é que todas sejam assim, mas muitas delas são. Ah, por aqui vi alguns talhos. Sabe o que talho quer dizer? Açougue. Se você ainda não conhece Portugal, vai se surpreender com o vocabulário do país quando lá estiver. Diversas coisas são chamadas de formas diferentes daquelas com as quais estamos acostumados no Brasil.



E esta é a calçada em frente à Torre dos Clérigos, com muito comércio também.



Mas vamos ao interior da Igreja da Torre dos Clérigos que é o que mais nos interessa agora. A entrada foi gratuita. Acho que só para subir ao topo da torre é que se paga ingresso, mas você terá que ter disposição para subir seus 240 degraus. 



Interior da Igreja da Torre dos Clérigos. A igreja é pequena, mas é linda! O estilo é o barroco.



As paredes da Igreja dos Clérigos são lindamente decoradas com imagens de santos.



A Torre dos Clérigos foi desenhada pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni. Quando foi construída - entre 1754 e 1763 - foi o edifício mais alto de Portugal.


Do lado de fora, na varanda da Igreja da Torre dos Clérigos, temos uma bonita vista do centro do Porto. A primeira igreja que vemos nesta foto, com sua fachada em azulejos (o que é muito comum nas igrejas do Porto), é a Igreja dos Congregados. A igreja no final da rua, também com fachada em azulejos, é a de Santo Ildefonso. Mais abaixo, mostro fotos mais de perto dessas duas igrejas. Observe também os prédios antigos do Porto.  





Rua da Galeria de Paris:



Depois da Torre dos Clérigos, fomos andando até a Rua da Galeria de Paris, que fica pertinho da Torre, para ver como ela se comporta de dia e numa terça-feira. Muito comportada, por sinal. Vários bares fechados, inclusive. É que, à noite, nos finais de semana, esta rua fica repleta de gente (repleta mesmo!) tomando suas cervejinhas ou drinks à porta dos bares. Os bares são pequenos, então a maior parte da galera fica mesmo em pé do lado de fora e a rua fecha para os carros. 



Uma vez em Portugal, coma bacalhau!

Bem, já era hora do almoço e a vontade foi a de comer bacalhau, pois, uma vez em Portugal, não dá para ficar pensando em bife com fritas, né (às vezes, até bate uma saudade rsrsrs)? Como nos deparamos com esta pracinha com alguns restaurantes e as mesas convidativas do lado de fora, foi aqui mesmo onde procuramos o nosso lugar. No Porto, a gente encontra muitas pracinhas parecidas com esta. 



Então, escolhemos um desses restaurantes, que são pequenos e simples. Mas o ambiente nos agradou e o garçom também, que era um brasileiro (mineiro) com um sotaque meio cá meio lá. Pena que eu não encontrei nas minhas anotações o nome deste restaurante (Cafés Christina, que aparece nas barracas, é a marca de um café e não o nome do estabelecimento), pois os preços estavam muito bons e a comida muito saborosa. Mas, enfim, creio que você não se decepcionará com os pratos portugueses servidos na maioria dos restaurantes no Porto. Só para ter uma noção de preços, um prato de Bacalhau à Lagareiro aqui custava 11 euros (valor de julho de 2013). O prato serve só uma pessoa, mas é um senhor prato. 



Gentil, o garçom mineiro nos tirou esta foto. Era um brinde que fazíamos a mais esta maravilhosa viagem à minha terra natal.


Se eu não me engano, foi exatamente o Bacalhau à Lagareiro um dos pratos que pedimos.



O outro prato foi bacalhau com batatas ao murro. Uma delícia! Mas tem que ser tudo regado a muito azeite para fazer aquela diferença no sabor!


Igreja do Carmo e Igreja dos Carmelitas:

Voltando a falar de nosso roteiro no Porto neste dia, depois da Torre dos Clérigos e do almoço, fomos andando a pé (fica tudo perto!) até a Igreja do Carmo, que fica do lado da Igreja dos Carmelitas. Ano passado, tiramos fotos ao lado delas, mas não chegamos a entrar. Só para observar a linda fachada lateral da Igreja do Carmo, toda decorada com azulejos, já vale a vinda aqui. Mas se as igrejas estiverem abertas, não hesite! Entre porque o interior delas é lindo!  Entrada gratuita em ambas.



Este é o interior da Igreja do Carmo. É lindo! O que se destaca de imediato é a talha dourada do altar e das capelas nas laterais. A Igreja do Carmo foi construída entre 1756 e 1768 nos estilos barroco e rococó. 



E este é o interior da Igreja dos Carmelitas. Também segue os estilos barroco e rococó e possui a talha dourada no altar e nas capelas laterais. As duas igrejas são lindas por dentro e são parecidas, mas foi esta igreja a que mais me encantou! A Igreja dos Carmelitas foi construída entre 1616 e 1628. O dourado e o estilo barroco fazem lembrar as igrejas de Ouro Preto, em Minas Gerais.




Hospital de Santo António:

E a alguns passos das igrejas está o Hospital de Santo António. Ele é de interesse turístico no Porto porque é muito antigo - começou a ser construído em 1770. Além disso, segundo nos informa a Wikipédia, "apesar de instalado em um edifício de grande valor histórico e arquitetónico, é um dos mais modernos e equipados hospitais do país, sendo uma referência de qualidade na prestação de cuidados de saúde." Meus parentes que moram no Porto me confirmaram que este hospital é realmente muito bom.



Então, turista que é turista não pode deixar de tirar foto da fachada do Hospital de Santo António e de apreciar sua arquitetura.



Observe como é grande o Hospital de Santo António. Ele é bem comprido!


Curiosidade:

Depois, o nosso destino foi a Praça da Liberdade. Fomos andando a pé até lá. No caminho, não resisti e tirei foto deste carro interessantemente estacionado desta forma. É que o Mercedes-benz Smart, este pequenino carro, é muito comum de ser visto em Portugal. E só ele mesmo caberia desta forma, na vertical, enquanto todos os outros carros estão estacionados na horizontal. Não sei se é permitido estacionar desta forma. Cobri a placa do carro na foto para não revelar o possível infrator rsrsrs

Rua dos Clérigos:

E lá fomos nós descendo a íngreme Rua dos Clérigos para chegarmos à Praça da Liberdade, que é pertinho. Ao fundo, a Torre dos Clérigos. 


Praça da Liberdade / Avenida dos Aliados / Câmara Municipal:



Esta é a Praça da Liberdade, onde acontecia uma feira de livros.


Ligada à Praça da Liberdade, está a Avenida dos Aliados.



Chegando à Avenida dos Aliados, você logo avistará a bonita torre do relógio da Câmara Municipal do Porto. Esta região fica no coração da cidade, portanto seu city tour no Porto não deve deixar de passar por aqui.



Uma coisa super legal que encontrei em frente à Câmara Municipal do Porto este ano foi esta área de lazer com um café (ao fundo), balanços e diversos sofás para o descanso. O colorido levantou ainda mais o astral do lugar.



Ao fundo, a Praça da Liberdade, com a feira de livros.




Estação Ferroviária de São Bento:

Depois, seguimos a pé até a Estação Ferroviária de São Bento (à esquerda), um dos pontos turísticos mais importantes do Porto. Ela fica na Praça de Almeida Garret. À direita, ao fundo, no alto do morro, vemos a Sé Catedral, outra atração imperdível da cidade.



A Estação São Bento foi construída onde funcionava um antigo convento. O pátio da estação exibe uma infinidade de azulejos que contam a história de Portugal. Este painel representa, conforme diz a placa, a "entrada de D. João I no Porto, para celebrar o seu casamento com D. Filipa de Lencastre." 



Os azulejos da Estação São Bento formam painéis ricos em detalhes de passagens históricas de Portugal. Neste painel, está representado o Infante D. Henrique na Conquista de Ceuta (século XV).



Um dos belos mosaicos na Estação São Bento, que fica no centro histórico do Porto.



Os azulejos da Estação São Bento foram pintados pelo artista português Jorge Colaço. 



O pátio da Estação São Bento, onde turistas param encantados diante das paredes ornamentadas com os azulejos portugueses.



O bonito portão do relógio da Estação Ferroviária de São Bento.



Não deixe de passar pela Estação São Bento, mesmo que você não vá pegar trem. A estação foi oficialmente inaugurada em 1916.



Encantada com as pinturas dos azulejos da Estação São Bento.



Dedique um tempo observando os detalhes das bonitas pinturas dos azulejos da Estação São Bento. Admire a arte!



História de Portugal contada nos azulejos da Estação São Bento, na minha querida cidade do Porto.



Se quiser vir de metrô, a estação que te deixa em frente é a São Bento.



Fachada da Catedral da Sé, ao longe:

Saindo da Estação São Bento, você vai ver, à esquerda, a Catedral da Sé.


Fachada da Igreja dos Congregados:

E, à direita, a Igreja dos Congregados, aquela que mostrei do alto da varanda da Igreja dos Clérigos. A Igreja dos Congregados foi construída no final do século XVII, no local onde havia uma capela dedicada a Santo António.  


Fachada da Catedral da Sé, de perto:

Seguimos para a Catedral da Sé (ou "Sé Catedral", ou simplesmente "a Sé"), que é a principal construção medieval do Porto. É uma das visitas obrigatórias na cidade. Fica na praça chamada Terreiro da Sé.


Os ônibus (autocarros) turísticos no Porto:

Em frente à Sé, passavam ônibus turísticos, tanto o amarelo (à direita) quanto o vermelho (à esquerda). Nunca fiz turismo nesses ônibus no Porto, mas pode ser uma boa para quem tem pouco tempo na cidade. Se interessou? Então, aqui vão os sites dos ônibus para você pesquisar. O site do ônibus vermelho é este aqui e o do amarelo é este aqui.


Interior da Catedral da Sé:

Interior da Catedral da Sé, que foi construída no século XII. Entrada gratuita.



Os bonitos arcos da Catedral da Sé. A Sé é o grande símbolo medieval do Porto. 


Terreiro da Sé:

O Terreiro da Sé. À esquerda, a coluna monumental (Pelourinho). À direita, a casa-torre medieval. 



O Pelourinho e a casa-torre medieval no Terreiro da Sé, em frente à Catedral do Porto.



Paço Episcopal (prédio branco, ao fundo), no Terreiro da Sé. Para visitá-lo virtualmente, acesse o site oficial, aqui



A Sé e, colada a ela, a Casa do Cabido.


Mirante do Terreiro da Sé:

As antigas casas em frente à Sé do Porto.



Casas em frente à Catedral da Sé. Repare as fachadas decoradas com azulejos. Estes são exemplos de muitas outras construções antigas no Porto.





Você não pode deixar de vir ao Terreiro da Sé, pois além da magnífica catedral, existe também um dos mirantes mais bonitos do Porto. Daqui dá para ver Vila Nova de Gaia e suas caves.




Vista panorâmica de Gaia a partir do Terreiro da Sé.


Vista panorâmica do Porto a partir do Terreiro da Sé.


Souvenirs do Porto:


Depois de visitar a Sé, foi hora de fazer as comprinhas de souvenirs. Não lembro onde foi que encontrei esta loja, mas perto das atrações turísticas você sempre vai encontrar uma ou mais deste tipo. Veja os exemplos de souvenirs que você pode levar para casa. O Galo de Barcelos, um símbolo de Portugal, é um dos mais vendidos. Comprei um desses para mim. E, como eu coleciono miniaturas das atrações turísticas de todas as cidades que visito, levei também um bondinho do Porto.



Os imãs também não escapam de minhas coleções.


Fachada da Livraria Lello e Irmão:

Depois, fazendo tudo a pé, foi a vez de visitar a Livraria Lello e Irmão, de 1906, que é tida como uma das mais bonitas do mundo (o escritor espanhol Enrique Vila-Matas a considerou a mais bonita). A livraria é linda e tem uma atração à parte que é a sua fascinante escadaria. Eles não permitem fotografar no interior da loja, então, para ver como ela é por dentro, clique neste site que você vai ter uma visão panorâmica de 360º. Eles ficam mesmo na maior bronca de quem tenta tirar fotos. Eu até entendo. Eles estão ali para vender livros e o espaço já não é muito grande. Tem horas que ela fica repleta de turistas. Imagina todo mundo ali querendo tirar foto de tudo e até atrapalhando os clientes... Quando nós chegamos, a livraria estava com poucas pessoas, mas foi só a gente deixar o local para encontrar uma fila imensa de turistas acompanhados da guia de turismo e em alvoroço com suas máquinas fotográficas. Agora, uma nota importante: a Livraria Lello e Irmão deve preferencialmente ser visitada logo após a Torre dos Clérigos, pois as atrações ficam bem próximas. Eu é que quis deixá-la para o final do dia para ser um momento relax para mim e para emendar com o café da tarde no Majestic Café. Mas quem está pela primeira vez na cidade deve combinar a Lello e Irmão com a Torre dos Clérigos, a Igreja dos Carmelitas e a Igreja do Carmo, devido às proximidades. É essencial ter um mapa do Porto em mãos para ver a localização dos pontos turísticos, e ele pode ser adquirido nas estações de trem. 


Majestic Café / Rua de Santa Catarina:


Não muito distante da Livraria Lello e Irmão, na Rua de Santa Catarina, está o famoso - e relativamente caro - Majestic Café, de estilo art nouveau. Ir ao Majestic Café, no Porto, é como ir à Confeitaria Colombo, no Rio. É considerado o café mais elegante do Porto e um dos mais belos do mundo.


No requintado salão do tradicional Majestic Café, que existe desde 1921. Originalmente, o café chamava-se Elite, mas não ficou com esse nome por muito tempo. Logo foi batizado de Majestic devido à influência cultural francesa da Belle Époque. Então, fazer uma refeição aqui é viver um pouco desse passado. Um outro fato que faz com que o Majestic Café seja muito frequentado por turistas é que a escritora J. K. Rowling, quando morava no Porto (ela morou na cidade por cinco anos), passava horas no Majestic Café trabalhando no seu livro Harry Potter e a Pedra Filosofal.



As rabanadas com ovos moles do Majestic Café são famosas. Há quem as considere divinas, mas, para ser sincera, não me agradaram muito. Sou mais as rabanadas tradicionais. Mas você tem que provar para dizer se gosta ou não. Se você não for de rabanada, que tal o tradicional pastel de nata? Também é uma ótima pedida! No Majestic Café você também encontra a Francesinha, prato típico do Porto que todo turista deve provar. Aliás, dizem que a Francesinha de lá é uma das melhores da cidade.



Saindo do clima de passado do Majestic Café, você logo entra de cara no mundo moderno, cercado de lojas e mais lojas. É que a Rua de Santa Catarina, onde está localizado o elegante café, é uma região de comércio intenso. É o melhor shopping a céu aberto no Porto. Eu particularmente prefiro fazer compras e olhar vitrines fora dos shopping centers para poder observar o vaivém dos residentes, o ritmo da cidade e a arquitetura das casas. E essa é a vantagem de se fazer compras na Rua de Santa Catarina. Mas nessa rua também há um shopping center muito bom (que não chegamos a visitar), o Via Catarina



Mais sobre a Rua de Santa Catarina, eu falo daqui a pouco, pois nosso passeio do dia chegava ao fim e aqui já estávamos de volta à estação ferroviária. No dia seguinte, voltamos à rua para ir à FNAC. 


Doces típicos portugueses:

Voltamos à Estação de São Bento para pegarmos nosso trem de volta à estação de Ermida, que fica no concelho de Baião, onde eu nasci. Lá ficamos hospedados na casa dos meus tios. Se não tivesse que pegar o trem para ir e voltar (cerca de 1h30m cada trecho), teria dado tempo de fazer ainda mais coisas no Porto neste dia! E olha que só pegamos táxi para ir ao Parque Nascente e sair de lá para o centro do Porto. O resto foi todo feito a pé. Na Estação de São Bento, há um stand que vende doces típicos portugueses. Então, não deu para resistir. Compramos os Pastéis de Tentúgal. O recheio é com gemas de ovos e açúcar. Por cima, você pode pedir para colocarem açúcar. Outros doces típicos portugueses que não estão nesta foto são: doces de chila, sonhos (são diferentes dos nossos), cavacas, pastéis de nata e farturas.


O Vale do Douro:


O caminho de trem (comboio) para Baião é muito interessante, pois você vai tendo estas vistas panorâmicas deslumbrantes do Rio Douro. Mas elas são rápidas. Para ter melhores vistas, é melhor ir de carro, pois você pode ir mais lentamente, serpenteando as margens do Rio Douro (veja na foto). Eu só não fiz esse caminho de barco de cruzeiro, um passeio muito procurado pelos turistas que esticam até Régua, fazendo o trajeto Porto-Régua-Porto.



O objetivo do passeio a bordo de um cruzeiro até Régua é principalmente explorar as incríveis paisagens do Vale do Douro com suas encostas verdejantes. Veja aqui um exemplo desse passeio, da Rota do Douro Cruzeiros: embarque no cruzeiro em Vila Nova de Gaia (almoço a bordo) com destino à Régua e retorno a Gaia de comboio.  Esta foto do Vale do Douro foi tirada no concelho de Baião, distrito do Porto, onde nasci. J



Na foto, a embarcação Douro Prince, da empresa Douro Azul, cortando as águas do Rio Douro, em Baião. Veja que o barco oferece todo conforto. Nessas embarcações, há cabines para pernoite, pois há cruzeiros de até uma semana pelo Vale do Douro. No site da Douro Azul, vá em "cruzeiros" e veja os tipos de cruzeiros e embarcações disponíveis.


DIA 2:


Estação Ferroviária da Ermida, Baião:

No dia seguinte, então, pegamos novamente o trem na estação da Ermida (foto) com destino ao Porto (Estação São Bento). A estação da Ermida fica às margens do Rio Douro. Nada mal começar uma viagem com essa visão, né? J


Praça da Batalha:

Chegando ao Porto, fomos direto à Praça da Batalha, onde eu encontrei a Igreja de Santo Ildefonso, de estilo barroco, aquela que também mostrei de longe na varanda da Igreja da Torre dos Clérigos. Ela é bem antiga - começou a ser construída em 1709. Para saber da história da igreja, clique aqui.  



O típico bondinho português chegando à Praça da Batalha, à direita, e um Yellow Bus, à esquerda. 



A Praça da Batalha em si não tem nada de mais. Mas estão lá o Teatro São João, lojas, cafés e o Hotel Quality Inn, por exemplo.



Praça da Batalha e a estátua em homenagem a D. Pedro V.


Rua de Santa Catarina:


E da Praça da Batalha fomos para a Rua de Santa Catarina, pois uma está bem próxima da outra. Sim, estamos na Rua de Santa Catarina novamente e hoje viemos com disposição de explorá-la bem melhor. Aqui há lojas super conhecidas dos brasileiros, tais como a C&A, a FNAC (à direita) e a Zara. Na foto, um trenzinho que vi passar algumas vezes pelas ruas do Porto com propaganda do El Corte Inglés, que fica em Vila Nova de Gaia.


Na Passos Manuel, esquina com a Santa Catarina, está o Coliseu do Porto (pertinho da FNAC), que também pode ser de interesse turístico. É uma casa de espetáculos que apresenta vários tipos de arte, tais como dança, música, teatro, cinema e circo.


Entramos no Coliseu do Porto e perguntamos na bilheteria se era possível fazer uma visitação interna, mas fomos informados que não por aqueles dias porque estava havendo ensaios para uma ópera. A sala de espetáculos tem esse formato de Coliseu.



Então, continuamos andando pela Rua de Santa Catarina. Veja que é uma região de muito comércio onde os portuenses adoram fazer compras. 



Na Rua de Santa Catarina, você também encontra alguns quiosques nas calçadas e alguns artistas de rua (principalmente tocando música). A esta altura nossa intenção já não era mais ver um tanto de lojas, mas sim chegarmos ao Mercado do Bolhão e este era um dos caminhos.



Eis que quando chegamos na Rua Fernandes Tomás (que é onde temos de entrar parar chegar ao Mercado do Bolhão), esquina com a Rua de Santa Catarina, fomos surpreendidos com uma igreja linda, com sua fachada toda ornamentada com azulejos. Trata-se da Capela das Almas de Santa Catarina. Ela não estava em meu roteiro (como pode?), então foi surpresa e deslumbre total!



Atravessamos a rua e ficamos observando atentos a fachada da Capela das Almas, apreciando os mosaicos mesmo sem entender a história neles retratada. Vou escrever aqui o conteúdo da plaquinha afixada à fachada da igreja: "Capela dos princípios do século XVIII, com restauros e ampliação de 1801. É de uma grande simplicidade arquitectónica. Em 1929, as fachadas exteriores foram revestidas a azulejos da autoria de Eduardo Leite e produzidos na Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego. Representam cenas da vida de São Francisco de Assis e de Santa Catarina. No interior, os altares são de estilo neoclássico, albergando a imagem de Nossa Senhora das Almas, datada do século XVIII".




Então, já sabe: se vier conhecer a Rua de Santa Catarina, não deixe de caminhar até a Capela das Almas para apreciar sua preciosa fachada de azulejos. 




A fachada da Capela das Almas de Santa Catarina impressiona bem mais que seu interior, mas ele também merece ser apreciado.



Interior da Capela das Almas de Santa Catarina, que também conta com revestimentos em azulejos.


Mercado do Bolhão:


Depois da Capela das Almas, fomos conhecer o Mercado do Bolhãoque fica ali pertinho e também é de interesse turístico. Quer dizer, só será interessante se você gostar desse tipo de programa. 



Pois o Mercado do Bolhão é uma grande feira em lugar coberto que vende legumes, frutas, peixes, artesanato, souvenirs, flores, plantas, panos de prato, colheres de pau etc. No Mercado do Bolhão, há também alguns pequenos restaurantes que vendem refeições simples.



Chouriços, salpicões, mouras etc também são encontrados no Mercado do Bolhão.



Pelo jeito, o Mercado do Bolhão é um ótimo lugar para comprar flores. São muitos os tipos e cores.



O Mercado do Bolhão também é bom para comprar souvenirs, principalmente se você procura por artigos de cozinha, tais como panos de prato e luvas térmicas. Os preços são ótimos também.


Mas há também outros tipos de souvenirs no Mercado do Bolhão, por exemplo, caixinhas de madeira com mini garrafas de vinho do Porto, muito interessantes para presentear. Agora, se você procura por miniaturas de atrações turísticas do Porto, tais como a Torre dos Clérigos e o bondinho, vai encontrá-los em maiores variedades nas lojas de rua, como em Gaia, perto da estação do teleférico. 


Estação de metrô Jardim do Morro:


Depois, pegamos o metrô (lá se fala metro, acentuação tônica na primeira sílaba) na Estação do Bolhão com destino à Vila Nova de Gaia. Saltamos na Estação Jardim do Morro, mas tivemos que fazer uma conexão na Estação Trindade. Para chegar à Estação Jardim do Morro, o trem do metro atravessa o tabuleiro superior da Ponte Dom Luís I (da janela do trem você já tem, então, uma linda vista do Douro) e para aqui, na rua, ao lado da Serra do Pilar. Ou seja, uma parte desta viagem de metro é subterrânea e a outra é na superfície. Nesta foto, ao fundo, embora não se veja bem, está a Ponte Dom Luís I, que nenhum turista pode deixar de ver e, de preferência, atravessar a pé.



Já comeste prego?


Assim que chegamos a Gaia, fomos almoçar num restaurante simples que encontramos por perto (mas não foi no cais). Quisemos experimentar um prato típico chamado prego, que, na verdade, já é um velho conhecido do brasileiro: nada mais é do que arroz branco, batatas fritas e um ovo estrelado em cima de um bife. O prego tal como se vê na foto é um prego no prato. Há também o prego no pão, que é um sanduíche com bife (o recheio pode variar, por exemplo, com ovo, queijo, maionese etc.). 



Ponte Dom Luís I - um mirante do Rio Douro, do Porto e de Gaia:


Após o almoço, a minha intenção era ir ao mirante do Mosteiro da Serra do Pilar, mas, para isso o esforço físico seria um pouco maior e eu estava um pouquinho indisposta (juntaram o cansaço e o calor do verão portuense). Então, fomos "somente" caminhar na Ponte Dom Luís I, de onde já se tem uma vista de arrancar suspiros! Ver o Rio Douro daqui de cima num dia bonito como este ao som dos ruídos das gaivotas é a melhor lembrança que você pode levar do Porto! 



Caminhando no tabuleiro superior da Ponte Dom Luís I, que cruza o Rio Douro e une a cidade do Porto à cidade de Vila Nova de Gaia. Lembra que eu falei acima que o Metro passa por cima da ponte? Olha ele aqui! 



Muitos tipos de barcos atravessam as águas do Rio Douro repletos de turistas.



Atrás de mim, o Mosteiro da Serra do Pilar, considerado o melhor mirante do Porto.  



Da Ponte Dom Luís I, você vê a Muralha Fernandina bem de pertinho à sua frente.



Vista panorâmica a partir da Ponte Dom Luís I.



A Muralha Fernandina. Ao lado, os trilhos por onde passa o Funicular dos Guindais, que rapidamente liga a Batalha à Ribeira.





     À direita, o Funicular dos Guindais, um meio de transporte muito útil para os portuenses.



Para ir de uma cidade a outra, do Porto a Gaia (ou vice-versa), atravesse esta ponte, a Ponte Dom Luís I.



Veja: é possível caminhar pela Muralha Fernandina.  



Close da Muralha Fernandina.



Ponte Dom Luís I. Prepare sua máquina fotográfica. Você vai querer tirar muitas fotos daqui de cima! 



O Rio Douro separa o Porto (à direita) de Vila Nova de Gaia (à esquerda). A Ribeira, no lado do Porto, faz parte do centro antigo da cidade. O bairro foi tombado como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1986. São várias casas baixas e ruas estreitas e íngremes. É de Gaia que se tem a melhor vista da Ribeira.



Os barcos rabelos de Vila Nova de Gaia vistos de cima da Ponte Dom Luís I. É em Gaia que o vinho do Porto é envelhecido.


Cais de Gaia:


Da Ponte Dom Luís I, fomos descendo até o Cais de Gaia. É preciso vencer algumas ladeiras, mas, pra baixo, todos santos ajudam.



Nesta viagem ao Porto, cheguei decidida a fazer uma coisa que sempre quis, mas que nunca tinha dado tempo: passear num barco rabelo pelo Douro. E vou dizer uma coisa: não haveria melhor maneira de encerrarmos nosso dia. Fizemos o Cruzeiro das 6 Pontes, realizado pela empresa Manos do Douro. Nosso barco foi este aqui, logo atrás de mim.


Cruzeiro das 6 Pontes pelo Rio Douro / Passeio em barco rabelo:


À espera da partida de nosso cruzeiro, com duração de 50 minutos.



O embarque do Cruzeiro das 6 Pontes se deu no Cais de Gaia. No calçadão do cais, ficam alguns vendedores de diferentes empresas de barcos rabelos distribuindo panfletos para os turistas, tentando vender os passeios. A vendedora que nos abordou era da Manos do Douro. Ela foi muito simpática e o horário que nos ofereceu se encaixou direitinho com o queríamos, pois não tínhamos muito tempo disponível por causa do trem que ainda teríamos que pegar na Estação São Bento. Por isso, embarcamos com a Manos do Douro e ficamos muito satisfeitos. Outra empresa que realiza esse tipo de cruzeiro em barcos rabelos é a Douro Azul.   



O Cruzeiro das 6 Pontes custou 10 euros por pessoa. Crianças até 10 anos não pagam se estiverem acompanhadas de seus pais. O cruzeiro dá também direito a uma visita às caves (só não lembro a qual delas).


O Cruzeiro das 6 Pontes é para você relaxar e apreciar as paisagens. Como o próprio nome diz, você passará por seis pontes: A Ponte D. Luís, a Ponte do Infante (esta da foto), a Ponte D. Maria Pia, a Ponte de S. João, a Ponte do Freixo e a Ponte da Arrábida. 




Veja como é o interior de um barco rabelo. Na verdade, há de diferentes tipos. A Manos do Douro tem dois tipos de barcos rabelos. Um tem uma parte grande coberta, com capacidade para 46 pessoas. O outro é descoberto (só tem este toldinho), com capacidade para 12 pessoas, que é este daqui. Mas num dia quente como foi este é muito gostoso ir pegando um ventinho dentro do barco.



Você vai ver muitos barcos rabelos realizando o mesmo passeio que o seu no Rio Douro. Este é um exemplo de barco rabelo coberto. É a embarcação Cenários do Douro, da Douro Azul.



Ponte Maria Pia. Mas o interessante do passeio não é ver as pontes, mas sim as encostas do Douro.



Outro barco rabelo, este da Porto Cruz, a passar por nós.




Mas o cenário que mais me encantou durante o Cruzeiro das 6 Pontes foi este que tivemos perto da hora de desembarcarmos (também no Cais de Gaia), pois não há nenhuma paisagem do Porto mais linda do que esta: a Ribeira com a Ponte D. Luís e as gaivotas! É incrível como o barulho das gaivotas sempre está presente nas minhas lembranças do Porto. Há muitas! 



Então, o Porto, visto assim, às margens do Rio Douro, é o mais bonito cartão-postal da cidade e, na minha opinião, um dos mais belos cartões de visita de Portugal. 



E, olhando agora para o outro lado, temos Gaia, cujo cenário não fica a dever ao do Porto. A Serra do Pilar, as caves e os barcos rabelos tomam conta da paisagem.



Ah, sim, não posso me esquecer de incluir os teleféricos no cenário de Gaia! E o passeio neles vale muito a pena!



E com a vista do bairro da Ribeira e suas torres de igrejas se destacando foi chegando ao fim nosso cruzeiro pelo Rio Douro. Para encerrar nosso dia, ele foi perfeito, pois podemos descansar de nossas andanças pela cidade e apreciar as paisagens ao mesmo tempo. Foi um passeio muito relaxante e refrescante! Passei boa parte do tempo deitada, com a cabeça no colo do marido, sentindo a brisa beijar meu rosto ao som das músicas portuguesas que saíam da rádio. Delícia!



DIA 3:


Cais de Gaia à noite:



O dia seguinte foi a despedida da família, do Porto e de Portugal. Como no ano anterior eu tinha passado a noite na Ribeira, desta vez optei por experimentar a noite em Vila Nova de Gaia! Nesta foto, vemos um barco grande da Douro Azul.



Adorei ter passado a noite em Gaia não só pela vista noturna e iluminada que se tem do Porto como também por causa dos restaurantes bem transados do lado de cá. Nesta foto, vemos a Catedral da Sé iluminada.



Mas estes restaurantes giros de Gaia eu encontrei numa área meio escondida do Cais. Na verdade, não fui eu que encontrei, mas me foi apresentada pelos meus primos que vivem no Porto. Se você tiver oportunidade, curta sua night tanto do lado de lá, ou seja, na Ribeira (Porto), quanto do lado de cá, em Vila Nova de Gaia. Claro, em dias diferentes. Você não vai se arrepender. Na Ribeira, concentram-se os restaurantes tradicionais. 



Assim, num restaurante maneiro em Gaia e comemorando o aniversário de meu primo, terminamos nossa viagem pela Europa deste ano.



E, se é que é preciso lembrar, não deixe o Porto sem levar para casa uma garrafa do vinho do Porto. É um vinho para abrir o apetite ou para tomar após as refeições, pois ele é licoroso. E delicioso... E podemos fazer ótimas sobremesas com o vinho.



Neste vídeo, mostro um pouco do que filmamos da Torre dos Clérigos, da Catedral da Sé, do Terreiro da Sé, da Rua de Santa Catarina, da Ponte D. Luís I com a vista que se tem do tabuleiro superior e do cruzeiro pelo Rio Douro.  




Data desta viagem: Julho de 2013. 



SUGESTÃO DE ROTEIRO DE UM DIA NO PORTO:

Para falar a verdade, eu nunca testei esse roteiro exatamente como está aqui, ou seja, nessa ordem e no mesmo dia. Mas creio que funcione bem se você não se distrair com o tempo. É bem verdade que tudo vai depender de quantas horas terá seu dia no Porto e do seu ritmo. Assim, fique de olho no relógio e nos horários de visitações. Se começar seu dia cedo, provavelmente terá tempo de fazer tudo nesse roteiro, que deve ser feito a pé. Portanto, use um par de calçados confortáveis. Este roteiro é perfeito para ser feito no verão porque os dias são longos. Ah, um detalhe: como não sou a melhor pessoa para indicar restaurantes, deixo isso por sua conta! Então, vamos lá. O seu dia vai ser dedicado ao centro histórico. Você pode começar pela Torre dos Clérigos (melhor não subir na torre para não perder muito tempo) e a Livraria Lello e Irmão. Depois, visite a Igreja do Carmo e a Igreja dos Carmelitas. Em seguida, tire fotos das fachadas da Universidade do Porto (na Praça dos Leões) e do Hospital de Santo António, tudo ali pertinho. Depois, desça até a Avenida dos Aliados e tire fotos da Câmara Municipal do Porto. Ali, você estará no coração da cidade. A seguir, caminhe até a Estação de São Bento, entre e admire os mosaicos de azulejos. Dali siga para a Catedral da Sé, que fica pertinho. Entre na catedral e depois aproveite a vista panorâmica do Porto e de Gaia no Terreiro da Sé. Da Sé, caminhe até o tabuleiro superior da Ponte D. Luís I e ande sobre ele enquanto admira a vista magnífica que se tem do Douro, do Porto e de Gaia. Ande somente no trecho dos pedestres, pois o metrô passa por cima do tabuleiro superior da ponte. Atravesse toda essa ponte. Assim, você estará já na outra cidade, ou seja, em Vila Nova de Gaia. Chegando lá, você pode subir ao Mirante da Serra do Pilar se quiser ter uma vista panorâmica ainda mais alta. Mas, novamente o conselho de não tirar o olho do relógio para não esgotar seu tempo na cidade. Depois da ida ao Mirante da Serra do Pilar ou simplesmente depois de cruzar a ponte, desça até o Cais de Gaia. Para isso, você terá duas opções: descer a pé ruas bem íngremes (mas, se você não estiver cansado, não é nada muito puxado) ou pagar 5 euros (valor de 2013) e pegar o teleférico. Minha sugestão: pegue o teleférico. Não só para você descansar um pouco, mas também pela experiência e pela vista. Tudo bem, você não vai ver nada de diferente do que viu de cima da Ponte D. Luís, mas é um passeio muito agradável. E um dos motivos principais: o teleférico vai te deixar no final do Cais de Gaia. Então, você depois vem caminhando, retornando à Ponte D. Luís, mas, no meio do caminho, escolhe uma cave para fazer visitação e aprender sobre o processo de envelhecimento do vinho do Porto, além de ter uma prova de degustação (geralmente paga-se uma pequena taxa para a visitação guiada; se for fazer o passeio de barco rabelo, é possível que o bilhete ofereça uma visitação de cortesia). O que se tem para fazer em Gaia, "turisticamente falando", é visitar uma das caves, caminhar às margens do rio e apreciar a vista que se tem do outro lado do rio, ou seja, da Ribeira (do Porto). Mas, havendo tempo, você também pode embarcar num cruzeiro de 50 minutos num barco rabelo, que é muito gostoso. Eu adorei! Enfim, tendo embarcado num cruzeiro ou não, termine sua visita na cidade de Gaia caminhando até a Ponte D. Luís I e atravesse-a novamente, agora pelo tabuleiro inferior (por isso, compre somente uma viagem de teleférico quando descer do tabuleiro superior da ponte). Pronto, você já estará na Ribeira. Hora de apreciar a vista do outro lado do Douro, ou seja, de Gaia, de explorar as ruas estreitas do bairro e de observar as casas típicas. Se houver tempo (aqui é minha grande dúvida, pois não sei se haverá esse tempo ou não; mesmo assim, vai a dica, caso você tenha "pulado" algumas das atrações que citei até aqui), durante as andanças pela Ribeira, visite a Igreja de São Francisco e o Palácio da Bolsa. Termine o dia com um belo jantar num dos bons restaurantes típicos da Ribeira e, de preferência, ao som de um fado. A sugestão de um amigo português é o Mau Cozinhado



SUGESTÃO DE ROTEIRO DE DOIS DIAS NO PORTO:

Deixei este roteiro um pouco folgado para dar tempo de encaixar algumas das atrações do primeiro dia que não tenham sido vistas. Ou até para encaixar alguma outra da lista abaixo. Então, no segundo dia, minha sugestão é reservar a manhã para fazer compras na Rua de Santa Catarina (mas as lojas geralmente não abrem aos domingos). Estando lá, não deixe de visitar a Capela das Almas e de dar uma passadinha no Mercado do Bolhão. Veja também a fachada do Coliseo do Porto (se der para visitar internamente, aproveite). Tome um café no Majestic, que fica ali mesmo, na Rua de Santa Catarina. Depois dedique a tarde na Fundação de Serralves, mas não deixe para ir tarde porque o lugar é muito grande. Depois, pegue um táxi e peça para o motorista ir até o Castelo do Queijo, mostrando a paisagem de lá até a Avenida do Brasil (o próprio Castelo do Queijo é uma boa parada). Lá desembarque e caminhe no calçadão. É muito lindo! Antes da Avenida do Brasil, tem a Avenida de Montevideu, que também é muito linda, mas eu ainda prefiro a do Brasil. Porém, este passeio é bom de ser feito no verão porque venta bastante na Foz.



SUGESTÕES DE TRÊS OU MAIS DIAS NO PORTO:

Vai ficar mais dias no Porto? Beleza! O que não faltam são atrações  e você pode escolher aquilo que mais lhe interessa sem muito corre-corre. Abaixo vai uma lista de outros lugares (ou seja, diferentes daqueles que já citei acima) de interesse turístico. É muito importante ter um mapa em mãos. E aproveite para fazer um passeio de elétrico (bondinho). Veja aqui as linhas. 

- Casa do Infante

- Praça da Batalha (e a Igreja de Santo Ildefonso)

Muralha Fernandina (caminhar nela)

- Parque da Cidade

- Palácio de Cristal

- Casa da Música

-  Forte de São João Baptista

- Sea Life Porto

- Estádio do Dragão

- Palácio do Freixo

- Museus (Museu do Vinho do Porto, Museu do Carro Eléctrico etc.)

-  Igrejas (Igreja de Santa Clara, de São Nicolau etc.)

- As praias do Porto e de Gaia (do Molhe, dos Ingleses, do Homem do Leme, do Senhor da Pedra etc.)

- Edifício Vodafone

- Shopping centers

- Matosinhos (mas já é outra cidade)


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Então? Animado para conhecer o Porto? J


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