VISITA AO ROM: A JOIA ARQUITETÔNICA DE TORONTO

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Geralmente uma joia fica muito bem guardada, não é mesmo? Por exemplo, dentro de um cofre ou um museu. Mas venho aqui falar de uma joia que fica a pleno céu aberto  e que pode ser admirada de pertinho por todos que passam pela calçada. De qual rua? De uma das mais chiques de Toronto, a maior cidade do Canadá. Essa joia tem o formato de um cristal e um de seus lados chega a uma altura que equivale a um prédio de dez andares. Não é uma joia para se pegar na mão, mas para adentrá-la e penetrar num espaço que, para não destoar, é uma preciosidade. A joia que não cabe na mão é o modernoso anexo do prédio histórico do Royal Ontario Museum (Museu Real de Toronto), ou "ROM", como é comumente chamado pelos torontianos. Uma obra (ou melhor, uma "joia") arquitetônica feita de vidro e alumínio em formato assimétrico que avança pela calçada e que dá acesso ao maior museu do Canadá, com mais de seis milhões de peças e quarenta galerias, algumas das mais notáveis do mundo.   

Tanta preciosidade num mesmo lugar. Devo dizer que gostei mais da fachada angulosa e reluzente do ROM do que das obras que ele abriga? Não, serei muito criticada por isso. E talvez não seja mesmo verdade, mas não posso negar que meus olhos ficaram mais tempo parados em frente ao The Crystal, a moderna estrutura adicionada à fachada do museu, do que a qualquer outra peça do seu interior. Não é injustiça; é amor à primeira vista. Podem outras pessoas odiarem o novo anexo, mas eu fiquei encantada. Sim, acreditem, há gente que não gostou nenhum pouco daquele "elemento" "destoante" (eu prefiro dizer "peça" e "desconcertante") acrescentado ao prédio histórico do ROM. Enfim, gosto não se discute e até entendo a razão daqueles que desaprovaram o design, mas, gostando ou não, nenhum turista pode deixar de tirar as suas próprias conclusões e de conferir as galerias do renomado ROM, com suas coleções de arte, cultura e história natural.   

Continuando a falar da fachada do Crystal (eu falei que foi um caso de amor...), ela é obra do famoso arquiteto americano Daniel Libeskind, o mesmo do novo World Trade Center de Nova York, a Freedom Tower. Dizem que para desenhar essa mais recente extensão do ROM, o mestre se inspirou nas pedras preciosas/cristais que ficam em exposição permanente nesse museu. Para mim, faz todo sentido. A nova estrutura (também chamada de Michael Lee-Chin Crystal) fez parte de uma super-hiper obra de revitalização do prédio que levou sete anos para ser concluída a um custo de US$ 270 milhões. Michael Lee-Chin foi o principal patrocinador da nova fachada, por isso a obra leva o seu nome. O Crystal é de 2007 e o museu é de 1914, quando foi aberto ao público.

Agora falando do interior do ROM, já dá para ter uma boa ideia de sua dimensão quando você recebe o mapa do prédio quando começa a visita. Mas vou dar apenas alguns exemplos. Distribuídas em seus quatro andares, você verá as seguintes galerias: "Asian Special Exhibitions"; "Canadian Special Exhibitions"; "Bat Cave"; "Birds"; "Biodiversity: Life in Crisis"; "Earth's Treasures";  "Dinosaurs"; "Mammals"; "Africa, the Americas & Asia-Pacific"; "Bronze Age Aegean"; "Egypt"; "Greece" etc. Há ainda exposições especiais que são pagas à parte. Quais são os destaques? Bem, seus acervos de esqueletos de dinossauros são considerados os maiores. Mas fazem muito sucesso também os fósseis dos mamíferos da Era do Gelo (no mesmo andar dos dinossauros), as galerias de minerais e pedras preciosas, o Bat Cave, as colunas totêmicas e a Múmia Djedmaatesankh, um sarcófago egípcio de aproximadamente 850 a.C. que protege o corpo mumificado de uma musicista. Os pesquisadores do ROM nunca abriram o sarcófago, mas fizeram uma tomografia que revelou que a mulher teria morrido aos 35 anos de idade de um abscesso dentário.
   
Deu para ver que o museu é um prato cheio para ser digerido em vários dias (ou "alguns", depende da fome de cada um) de visitação, mas é claro que o turista também quer ver as outras inúmeras atrações de Toronto e geralmente não dispõe de semanas de estada. Mas fique sabendo que o ROM pode perfeitamente ocupar uma manhã ou uma tarde inteirinha até de um visitante menos exigente. Agora, se você estiver com o tempo realmente curto, dá para se concentrar somente naquelas exposições que mais lhe interessam e passar praticamente "batido" pelas outras em cerca de duas horas (mas é muito corrido, vou logo avisando). Foi mais ou menos esse tempo que ficamos lá dentro. Mas não deixe de entrar em todas as salas (isso nós fizemos, só não fomos à cafeteria, à loja de souvenirs e às exposições extras) porque sempre pode haver uma peça que vai lhe ser particularmente interessante.    

Como chegar ao ROM: O museu fica em Queen's Park, na mesma região da Universidade de Toronto. Você pode saltar na estação de metrô Museum, que já lhe fará entrar no clima do museu. As colunas da estação são esculturas muito lindas. A principal entrada do ROM fica na Bloor Street West.

Ingressos e horários: Entre no site oficial do ROM para informações sempre atualizadas. No nosso dia de visita, para minha surpresa, a fila que existia no local para a compra dos ingressos era pequena. De qualquer maneira, não precisaríamos ficar ali, pois já tínhamos adquirido o City Pass, então nossa entrada foi imediata. Algumas das melhores atrações pagas de Toronto estão nesse passe, então, se você for visitar três delas, já vai valer a pena a aquisição. O passe dá direito a cinco atrações: o ROM, a CN Tower, o Ripley's Aquarium of Canada, a Casa Loma e o Toronto Zoo ou o Ontario Science Centre.       


Abaixo, mostro fotos de apenas algumas galerias do ROM, especialmente aquelas das que mais gostei. E, claro, incluo também fotos do Crystal. Acho que isso já vai ser um bom aperitivo. Enjoy!



Fachada da frente do Royal Ontario Museum (ROM) toda iluminada. Vim aqui à noite especialmente para vê-la com esse brilho e valeu a pena. Iluminado, o Crystal fica ainda mais lindo. São cinco blocos que se intercalam numa forma geométrica. Observe a parte antiga do prédio à esquerda. Eu achei genial essa junção do histórico com o moderno (até porque o moderno ficou lindo demais), mas dizem que muitas pessoas odiaram.


Esta estrutura de vidro e alumínio - o Michael Lee-Chin Crystal - é o resultado de uma grande reforma do museu. À noite, por causa da iluminação, podemos ver através das janelas de vidro o gigante dinossauro que fica no saguão do ROM. Observe também, à direita, que este novo anexo compõe a entrada do museu. 



A angulosa fachada futurista do ROM com pontas que se projetam na calçada. Ao fundo, dentro do Crystal, vemos as portas de entrada do museu. 


O Crystal tem uma altura que equivale a um prédio de dez andares. Observe que os carros que passam na rua se refletem na fachada de vidro. 



Close para a extremidade direita do Michael Lee-Chin Crystal, o modernoso anexo do ROM. 


Saguão principal do Royal Ontario Museum. O museu foi criado em 1914 para mostrar a civilização humana e o mundo natural. 


Esta é a galeria da exposição Canada: First Peoples (Primeiros Povos do Canadá), no primeiro andar. Aqui estão coleções de objetos que refletem a história, a cultura e a diversidade dos primeiros povos do Canadá. 


Na Galeria Canada: First Peoples, estão reunidos mais de mil objetos que mostram as forças sociais e econômicas que influenciaram a arte nativa e o desenvolvimento do Canadá como nação.


Em Canada: First Peoples, é mostrado que o contato europeu trouxe muitas mudanças na cultura nativa, fazendo assim nascerem novas oportunidades para as expressões culturais aborígines tanto na área artística quanto na área espiritual. Aqui vemos um enorme barco no qual cabia uma aldeia indígena inteira. 


Num dos halls do ROM - Royal Ontario Museum. O dinossauro é o maior símbolo do museu, pois há fósseis de mais de 25 dinossauros, formando uma das mais prestigiadas coleções do mundo.


No primeiro andar do ROM, também encontramos a exposição da Ásia - Asian Special Exhibitions. Aqui, há coleções da Coreia, China e Japão.


A Chinese Gallery do ROM abriga lindas esculturas, muito antigas, além de três murais. Esta é considerada uma das melhores coleções de arte chinesa do mundo. As esculturas datam do século XII ao século XV. E os murais são dos mais bem preservados do mundo e datam da dinastia Yuan.


Armaduras de guerreiros samurais, na Galeria do Japão, onde encontramos muitos objetos relativos à cultura japonesa.


Aqui é a Galeria Biodiversity: Life in Crisis. Encontramos réplicas de animais em extinção.


A exposição da Biodiversity: Life in Crisis nos explica que a distribuição da biodiversidade não segue um padrão. Dentro dessas vitrines, há informações em inglês e francês sobre o tema. Aqui, por exemplo, lemos que o clima, a geografia, a presença ou ausência de outras espécies e a intervenção humana são fatores que afetam os padrões da distribuição.


Biodiversity: Life in Crisis, no ROM. A biodiversidade está em risco. As extinções ocorrem naturalmente e lentamente, porém a atual extinção acelerada ocorre quase que exclusivamente pela intervenção humana.


Biodiversity: Life in Crisis Royal Ontario Museum, Toronto, Canadá.










As colunas totêmicas ao lado das escadas do ROM são de impressionar pela altura e o trabalho feito na madeira. Ao todo, são quatro colunas.


As colunas totêmicas do ROM foram esculpidas pelos nativos do Canadá. Estas foram algumas das peças que eu mais admirei no ROM, principalmente por causa do tamanho delas.


Uma atração bem conhecida do ROM e especialmente divertida para as crianças é o The Bat Cave (A Caverna dos Morcegos), uma reprodução de uma caverna real da Jamaica, the St. Clair Cave. A caverna é escura. Lá há diversas espécies de morcegos (réplicas) e alguns são mecanizados. 


The Bat Cave e o morcego-vampiro (vampire bat) sugando o bode. 


Ao lado do Bat Cave, você encontrará uma recriação de uma Floresta de Ontario, portanto verá a vegetação típica dessa floresta (repare nas árvores típicas, ao fundo) e alguns animais (réplicas) também típicos da região. 


Chegando perto da Floresta de Ontario, você visualizará os animais, mas não é muito fácil achá-los porque eles ficam meio escondidos na vegetação colorida típica do outono.


Aqui, o tema é a "Diversidade da Vida". A exposição nos explica que as adaptações a diferentes ambientes têm causado milhões de espécies a evoluir de forma a gerar uma surpreendente variedade de cores, formas, texturas e comportamentos.


Na Gallery of Birds (Galeria de Aves), várias espécies de aves empalhadas do mundo todo recebem muitos visitantes.


As crianças costumam gostar da Galeria das Aves, que ocupa uma das salas do segundo andar do ROM.


Mas, no segundo andar, não há nada que faça mais sucesso do que a Galeria dos Dinossauros. Há também a galeria com os fósseis de mamíferos pré-históricos, que viveram na era glacial (esta da foto), que é a Reed Gallery of the Age of Mammals, com exposição de vários esqueletos.








A Galeria dos Dinossauros do ROM possui mais de 25 esqueletos de dinossauros marinhos e terrestres.






O T-Rex, no segundo andar do ROM.


Parte da Galeria dos Dinossauros do Royal Ontario Museum, em Toronto.


Do andar de cima, você consegue tirar uma foto melhor do fóssil de dinossauro do saguão do ROM.


Depois de vermos muitos fósseis de dinossauros, viemos até esta sala do ROM que abriga uma exposição sobre a Amazônia, seu povo e sua cultura. Aqui, li que a Floresta Amazônica tem abrigado possivelmente centenas de distintas culturas indígenas por milhares de anos.


O ROM também tem uma boa coleção de esculturas gregas. Exposição The Greeks.


Royal Ontario Museum (ROM) - uma joia por dentro e por fora! Visita obrigatória em Toronto!


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