BERLIM EM QUATRO DIAS E MEIO: UM DESAFIO PARA UMA CIDADE COM TANTA HISTÓRIA PRA CONTAR

BEM-VINDO À ÚLTIMA PARTE DA SÉRIE "BERLIM"!


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Apresento aqui o nosso roteiro de quatro dias e meio em Berlim, essa linda e fervilhante cidade que é um verdadeiro museu a céu aberto e que se renova sempre sem jamais apagar seu passado. Porque mesmo as coisas ruins não devem ser esquecidas, pois servem de lição. Ruínas deixadas pela Segunda Guerra Mundial e fragmentos do "Muro da Vergonha" são preservados na cidade para que todos vejam com seus próprios olhos as consequências de decisões erradas. Mesmo que façam parte de uma história que os alemães não gostam de lembrar, uma história que eles preferem passar a limpo. E por falar em história, mesmo quem não gosta, impossível em Berlim não se sentir contagiado por ela e inspirado a querer saber mais e mais. Textos e fotos expostos em painéis em diferentes pontos da cidade dão uma aula sobre o período da Guerra Fria, que se travou entre o mundo capitalista, sob o comando dos Estados Unidos, e o mundo comunista, sob a liderança da União Soviética. Com a guerra, Berlim foi dividida por um muro que separou as duas Alemanhas e, com isso, o capitalismo do comunismo. Muitos morreram tentando passar para o lado ocidental (aqueles que tiveram coragem), que era a outra metade da cidade, que, de forma invejável, progredia economicamente (lado capitalista). Quem viveu do lado da ex-Alemanha Oriental bem sabe o período difícil por qual passou. Felizmente, no dia 9 de novembro de 1989, o Muro de Berlim caiu e a Alemanha foi reunificada.

E quantos dias são necessários para conhecer Berlim? Bem, eu fiquei quatro dias inteiros e a manhã de um quinto dia e achei pouco. Na verdade, era para eu ter ficado mais tempo, pois minha reserva no hotel foi de cinco noites e meu primeiro dia em Berlim seria aproveitado desde o início da tarde, mas a TAP cancelou meu voo original e me transferiu para um outro com chegada em Berlim às 23:30! Fiquei com muita raiva, mas essas mudanças de horários de voos dentro da Europa podem mesmo acontecer e eu tive que me conformar (a propósito, já é a segunda vez que a TAP faz isso comigo). Por causa disso, acabei deixando de fazer algumas atrações que estavam no meu roteiro. Foi uma viagem corrida, com todos os dias bem cheios, mas só assim consegui fazer praticamente tudo que eu tinha programado em Berlim. Gostei muito de todas as visitas que fiz, mas, se eu pudesse voltar ao passado, teria feito melhor e teria trocado o tempo que passei no zoológico e no Museu Judaico por uma manhã inteira, por exemplo, no Palácio Schloss Charlottenburg. É uma das atrações top de Berlim e acabou que não tive tempo de conhecer. Também queria muito ter passado um dia na cidade de Potsdam, que fica perto de Berlim, mas também não deu. Enfim, tentando então responder à pergunta de quantos dias são necessários para conhecer Berlim, eu diria que o mínimo ideal são 5 dias inteiros. Para a viagem ficar ainda melhor, fique 6 dias inteiros, para nesse dia extra você fazer um bate-volta a Potsdam.   

Mas se, como eu, você tiver só quatro dias e meio em Berlim, fique muito feliz, pois você verá nas minhas fotos como eu consegui fazer muitas coisas! E voltei muito satisfeita! Até com três dias inteiros muito bem aproveitados dá para fazer muita coisa, você só terá que estabelecer prioridades. Por exemplo, há museus demais em Berlim, então, com poucos dias, é preciso escolher somente um ou no máximo dois. Se tiver tempo de visitar somente um museu, fica fácil escolher: tem de ser o espetacular Museu Pergamon! Eu só não ficaria menos de três dias. Lembre-se de que Berlim é uma cidade tão vibrante quanto as badaladas Nova York, Paris e Londres, por exemplo. 

Como eu teria que colocar as atrações prioritárias em meu roteiro em Berlim devido ao pouco tempo, eu adquiri o Guia Visual da Folha de São Paulo, o TOP 10 Berlim, justamente por focar nas dez atrações que não podem ficar de fora. Mas, como eu sempre leio várias referências bibliográficas (tenho uma parte de meu armário cheia de revistas de turismo) e nunca me baseio só em uma, eu fiz algumas alterações de acordo com minhas preferências turísticas (só tirei duas atrações e incluí outras). Mas veja o que o guia da Folha de São Paulo (p. 6-7) categorizou como as dez atrações principais de Berlim: Brandenburger Tor e Pariser Platz; Reichstag; Unter den Linden; Potsdamer Platz; Museumsinsel; Kurfürstendamm; Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche; Schloss Charlottenburg; Kulturforum; Zoologischer Garten.  

Fiz esta postagem mostrando cada visita nossa em ordem cronológica para que você possa ver o quanto dá (ou não dá) para fazer num dia inteiro em Berlim. É claro que este roteiro não precisa ser feito dessa forma e nem nessa ordem, mas acredito que dê uma ajuda na hora de você montar o seu próprio, baseado nos seus gostos e ritmos pessoais. Você verá, por exemplo, que chegamos até a repetir alguns lugares e isso provavelmente também acontecerá com você. Explico tudo abaixo! 


DIA 1:


ALEXANDERPLATZ:


A Alexanderplatz, também chamada de "Alex" pelos berlinenses, é uma enorme praça que reúne inúmeras lojas de rua e de grandes centros comerciais, e ainda abriga monumentos importantes, a mais emblemática sendo a Torre de TV. A Alexanderplatz, que passou a ser o centro da Berlim Oriental, também foi muito prejudicada (quase totalmente) com a Segunda Guerra Mundial. Era um dos locais mais vibrantes antes da guerra.

Nenhuma visita a Berlim pode deixar a Alexanderplatz de fora, um dos lugares mais movimentados da capital. Não foi à toa que o principal cenário de Berlim escolhido para as gravações do filme A Supremacia Bourne foi a Alexanderplatz. Quem é fã da Trilogia Bourne, assim como eu (também sou do Matt Damon), vai adorar se ver nessa praça.


É muito fácil chegar à Alexanderplatz de metrô e quem estiver hospedado na área estará muito bem localizado, pois aqui há linhas e transportes para tudo que é lugar. Por diversas vezes, eu tive que embarcar e desembarcar nessa praça para conexão, vindo de e indo para o meu hotel, o Ibis Styles Berlin Mitte, uma das razões de eu ter aproveitado tanto a Alexanderplatz. E foi o primeiro ponto turístico que visitamos.

As principais atrações a serem visitadas ao redor da Alexanderplatz, tirando os museus, são o prédio da Prefeitura (Rotes Rathaus), o bairro Nikolaiviertel (e sua igreja medieval Nikolaikirche), a Marienkirche (igreja de 1270), a Fonte de Netuno e as estátuas de Marx e Engels. Dentro da praça, os principais monumentos são o relógio Urania-Welzeituhr, a Fonte da Amizade Internacionala Torre de TV (Fernsehturm). 

Nas legendas das fotos abaixo, conto mais detalhes desta praça, que foi, para mim, um dos lugares mais marcantes de Berlim. 



Uma vez na Alexanderplatz, você não tem dúvidas de que está nela, pois a praça é inconfundível com a presença de seu enorme relógio redondo (este da foto) e da Torre de TV (na foto abaixo). O Urania-Welzeituhr é um relógio que mostra as horas das diversas cidades do mundo, entre elas, o Rio de Janeiro. O relógio marca as horas certinho.


A Torre de TV, a Fernsehturm, era um símbolo do governo comunista da Berlim Oriental e é a mais alta construção de Berlim, com 368 metros de altura. Para quem quer ter uma esplêndida vista da cidade em 360 graus deve subir até seu café-mirante (paga-se ingresso), que dá uma volta completa sobre seu eixo. Mas vou logo avisando que a torre vive cheia de turistas, então prepare-se para longas filas. Foi por esse motivo que desistimos de subir ao topo da torre, ainda mais que eu tinha poucos dias na cidade e uma enorme lista de visitações no roteiro. Mas como eu já estava com a visita à cúpula do Parlamento Alemão agendada, de onde eu também teria uma vista privilegiada de Berlim, nem fiquei muito triste. Nesta foto, vemos também a movimentadíssima estação ferroviária da Alexanderplatz, que concentra várias linhas de trem.


A Alexanderplatz é um dos principais pontos de transporte público da cidade, por onde passam diversas linhas de ônibus, bonde, metrô e trem. Veja nesta foto um bonde passando. Aliás, como por aqui passam bondes a toda hora, cuidado ao atravessar a rua.  Não tire fotos na área dos bondes, pode ser perigoso caso você se distraia. Os guarda-sóis, mesas, bancos e barracas que vemos nesta foto (à esquerda) foram colocados na Alexanderplatz para um festival. 


A Alexanderplatz, sem dúvida, uma das maiores atrações turísticas de Berlim, está cercada de comércio. E há excelentes lojas, destacando-se as grandes Saturn (na foto, ao fundo) e Media Markt, ambas de eletroeletrônicos, as lojas de departamentos C&A, a Galeria Kaufhof e o shopping center Alexa. Fiz uma postagem sobre compras em Berlim e falei sobre estas e outras lojas aqui.



Muitos eventos comemorativos em Berlim são realizados na Alexanderplatz, como este de verão, o  Berlin Lacht - 7º International Street Theater Festival. Então, todos os dias em que estivemos na Alexanderplatz, a encontramos na maior animação! Foi maravilhoso! Além dos shows que havia para crianças e adultos, incluindo shows pirotécnicos, havia dezenas de barraquinhas formando uma feira de comidas, bebidas, roupas e outros artigos. As comidas eram das mais variadas, de especialidades de diferentes partes do mundo. O fast food mais típico de Berlim, claro, também estava lá, o currywurst



Repare nas mesas e bancos que foram colocados na Alexanderplatz para o festival. São típicos dos biergärten, "os jardins das cervejas", ou seja, bem ao estilo alemão. 



O Berlin Lacht - 7. International Street Theater Festival ocorreu entre 24/07 e 10/08. Se fizer questão de encontrar Berlim em ritmo de festa, confira os eventos do ano no calendário do site Visit Berlin.



A plateia composta de turistas e muitos berlinenses na Alexanderplatz. Todo dia havia shows aqui. Amei conhecer esta praça tão famosa nesse astral tão pra cima.



As barracas, em diferentes estilos, vendendo os mais variados tipos de comida na Alexanderplatz durante o festival.


Um outro monumento da Alexanderplatz é este da foto, a Fonte da Amizade Internacional, onde muitos não resistem a entrar num dia quente. Nem os cachorros, como cheguei a ver rsrs



Entre todas as atrações da Alexanderplatz, a mais imponente e famosa é a Torre de TV cuja base e entrada vemos nesta foto. Nós entramos ali para comprar o ingresso para subir na torre, mas, como falei acima, desistimos devido ao tamanho da fila. Então, em vez do ingresso para a torre, compramos nosso Museum Pass Berlin no balcão de informações turísticas que tem ali dentro. Mais abaixo falo sobre esse bilhete. 


Na Alexanderplatz, você verá o bonito Prédio da Prefeitura, a "Prefeitura Vermelha" (ao fundo, na foto) e, em frente a ele, uma linda fonte de Netuno (que não aparece nesta foto).





Depois de explorarmos a Alexanderplatz (mas nem tanto, pois as lojas ficaram para depois), fomos pegar o ônibus de número 100 para o lugar que, na verdade, encabeçava minha lista de visitações: o Portão de Brandemburgo. Um ponto onde passa ônibus para lá fica na Alexanderplatz (este da foto), mas se informe no local para não pegar a direção errada. Observe na foto o estilo das construções antigas desse lado da Berlim comunista (lado oriental). Mais abaixo, mostro mais fotos e um vídeo da Alexanderplatz.



PARLAMENTO ALEMÃO (BUNDESTAG):


Em poucos minutos dentro do ônibus, vimos o grandioso Portão de Brandemburgo à nossa frente, mas acabamos errando o ponto certo de desembarcar e saímos um ponto depois, que era, na verdade, o do Parlamento Alemão. Nada mal também, pois ali já tiramos as primeiras fotos desse magnífico prédio e de lá fomos andando até o Portão, pois fica bem perto dali.

O Reichstag, erguido em 1894, é o prédio (sede oficial) do Parlamento Alemão (Bundestag). Foi a sede do governo nazista. Em 27 de fevereiro de 1933, um incêndio criminoso o destruiu e até hoje ninguém soube explicar. Fora esse episódio, ainda houve o seu bombardeamento durante a Segunda Guerra Mundial. Após tanta destruição, o antigo prédio ganhou estruturas muito modernas, como a grande cúpula de vidro transparente, e se tornou um prédio muito belo, de uma arquitetura elogiada por todos do mundo. 



Atrás de mim, à direita, o prédio Federal Chancellery (prédio da Chancelaria Federal). Estou no gramado bem em frente ao prédio Reichstag, onde muitos descansam aproveitando o sol de verão.


Agora, sim, o Parlamento Alemão (Bundestag), que ocupa o edifício do Reichstag. É uma das principais atrações de Berlim. Eu diria que é a segunda maior depois do Portão de Brandemburgo.


Observe a moderna cúpula transparente do Reichstag, que foi projetada por Norman Foster. 



Voltando na história, vejamos agora duas cenas marcantes com o Reichstag. Neste cartão-postal, soldados soviéticos com a bandeira da vitória sobre o telhado do edifício em 2 de maio de 1945 mostram a vitória sobre os nazistas. (Todos os meus cartões-postais foram comprados no Neues Museum.) 



Este cartão-postal mostra o Reichstag no final da guerra, em 1945. Veja o quanto o prédio foi danificado. 



Como nossa visita ao interior do Reichstag estava agendada somente para o nosso quarto dia na cidade, não ficamos muito tempo em frente ao prédio e de lá fomos caminhando para o Portão de Brandemburgo (mais abaixo, conto detalhes dessa visita ao Parlamento Alemão). No caminho, pelo Tiergarten, encontramos por acaso o Memorial to the Sinti and Roma of Europe Murdered under the National Socialist Regime. Em Berlim, é assim. Quando você menos espera, você se esbarra com algum memorial, o que eu acho muito bacana. Vemos especialmente aqueles que lembram o "passado dividido" da cidade. 


PORTÃO DE BRANDEMBURGO (BRANDENBURGER TOR):

Após uma curta caminhada a partir do Parlamento Alemão, estávamos tête-à-tête com aquela que já foi a entrada da cidade e hoje é o maior símbolo da unificação alemã: o Portão de Brandemburgo. Histórico e grandioso. Impossível não ficar parado de frente para o portão imaginando todo o seu passado, principalmente quando estava separado pelo Muro. O traçado do Muro no chão de frente ao Portão não deixa apagar a memória. Se puder, visite-o à noite também, pois as luzes o deixam ainda mais bonito.

O Portão de Brandemburgo fica na Pariser Platz (Praça Parisiense), em frente à Avenida Unter den Linden. É na área em frente ao Portão que ocorrem diversos tipos de comemorações, como as de Ano Novo e Copa do Mundo. Lembra das imagens televisivas da Copa de 2014 quando a Alemanha foi campeã? Em Berlim, a grande festa foi aqui. No local, monta-se um telão para que todos assistam aos jogos numa vibrante torcida. Mas o local é palco não somente de festas, mas também de acontecimentos históricos (por exemplo, quando da queda do Muro - vide cartão-postal abaixo) e de manifestações públicas (inclusive, estava acontecendo uma num dos dias de nossa visita, mas fiquei boiando sobre o assunto, pois eles falavam somente em alemão).



Antigamente, o Portão de Brandemburgo (Brandenburger Tor) era um dos portões para se entrar na cidade. Hoje em dia somente ele permanece e se tornou um grande símbolo de Berlim e o mais famoso. Esta foto mostra o lado de trás do Portão, pois é o caminho para quem vem do Parlamento Alemão.


Seguindo em frente, a partir da Pariser Platz (esta praça do Portão de Brandemburgo), você entra na famosa avenida Unter den Linden. Nesta praça, há diferentes meios de transporte que você pode alugar para passear por Berlim, como este triciclo amarelo que dá para sete pessoas pedalarem ao mesmo tempo. Nesta postagem aqui, eu mostro outros meios de transporte bem legais para conhecer Berlim.


Veja que o Portão de Brandemburgo é composto de seis colunas formando cinco passagens. No prédio do lado esquerdo do Portão, há um Centro de Informações Turísticas, onde você pode obter informações, pegar mapas e comprar seu Pass turístico (há tipos diferentes e você tem que ver qual será o melhor para você). 


O Portão de Brandemburgo foi  construído entre 1789 e 1791 inspirando-se na entrada da Acrópole de Atenas. Repare na escultura de uma quadriga (carroça conduzida por quatro cavalos) no topo do monumento. Ela foi levada para Paris em 1806 a mando de Napoleão, quando Berlim foi ocupada pelos franceses. A carruagem só voltou à capital alemã quando Napoleão foi derrotado, e então ela recebeu uma cruz de ferro com uma águia prussiana, simbolizando a vitória. Originalmente a escultura era um símbolo da paz. 



Veja que o Portão de Brandemburgo é fechado ao trânsito de veículos. 


Cavalo disponível para passeio turístico em frente à Embaixada Francesa (prédio branco da foto), na Pariser Platz.



Este cartão-postal mostra o Portão de Brandemburgo e o Muro de Berlim quando se abriu a fronteira em novembro de 1989. Um acontecimento histórico que jamais será esquecido.


Este cartão-postal mostra o Portão de Brandemburgo com o Muro de Berlim numa vista obtida a partir do edifício do Reichstag (1964). 


UNTER DEN LINDEN:


A Unter den Linden, que pertencia à Berlim Oriental, é conhecida como a Champs-Élysées de Berlim, e ela fica no bairro de Mitte. É considerada uma das mais belas avenidas da cidade, o que muito se deve aos seus imponentes prédios. Na Unter den Linden, você deve observar os seguintes prédios: Neue Wache (Memorial Central da República Federal da Alemanha para as Vítimas da Guerra e da Ditadura); Zeughaus (o maior museu de história da Alemanha), Staatsoper Unter den Linden (a Ópera Estatal; fica ao lado da Bebelplatz), Humboldt-Universität (a mais antiga universidade da Alemanha); St. Hedwigskathedrale (catedral sede da arquidiocese católica de Berlim); Kronprinzenpalais (palácio onde foi assinada a reunificação da Alemanha); Opempalais (era um palácio para as princesas); Russische Botschaft (Embaixada da Rússia e primeiro edifício erguido na Unter den Linden depois da Segunda Guerra Mundial). A Bebelplatz também faz parte da área da Unter den Linden e deve ser visitada.

Além dos prédios históricos, a Unter den Linden tem cafés e restaurantes, lojas de souvenirs, uma loja da Nivea e o museu Madame Tussauds.  

Só como curiosidade, em 1573, a Unter den Linden foi construída para ser uma trilha para cavalos.



Depois de admirarmos bastante o Portão de Brandemburgo, seguimos em frente para explorarmos a avenida Unter den Linden. Nossa intenção neste dia era conhecer os prédios históricos e não fazer compras. Isso deixamos para outro dia. Encontramos a Unter den Linden em obras, então não deu para tirar boas fotos. 


O urso, que é um dos símbolos de Berlim, está presente em várias partes da cidade. Em todas as lojas de souvenirs, há vários tipos de urso à venda (de pelúcia, porcelana, em chaveiros etc.). Sem dúvida, é uma ótima lembrança para você levar para casa ou para presentear. 



Esta é uma grande loja de souvenirs na Unter den Linden. Mas há outras na avenida, porém percebi que os preços são bem parecidos.


Este é o prédio da Humboldt University, na Unter den Linden. É a mais antiga e conceituada universidade da Alemanha.


E este prédio é o da Biblioteca Antiga (Alte Bibliothek), da Universidade Humboldt, na Bebelplatz (antigamente chamava-se Praça da Ópera). A Bebelplatz fica ao lado da Casa da Ópera. Foi aqui que foram queimados pelos nazistas livros de intelectuais tais como Karl Marx e Freud. Foi a noite nazista de 10 de maio de 1933. O escritor Joseph Roth havia previsto o ato antes de Hitler tomar o poder, ao dizer "Queimarão nossos livros". Foram queimados 20 mil livros na Bebelplatz numa enorme fogueira. Essa queima de livros organizada pelos nazistas aconteceu simultaneamente em outras cidades da Alemanha.



St. Hedwigskathedrale (ou a Catedral de Santa Edwiges) também fica na Bebelplatz. Foi construída entre 1747 e 1773 e reconstruída entre 1952 e 1963 após ter sido destruída na guerra. Foi inspirada no modelo do Pantheon de Roma. Sua cúpula verde destaca-se na construção.



O moderno interior da St. Hedwigskathedrale.


O interessante órgão no interior da St. Hedwigskathedrale.


Bebelplatz e a Universidade Humboldt



Este é o memorial Bibliothek, no chão da Bebelplatz. Ele é feito de vidro e embaixo dele conseguimos ver estantes vazias, sem livros. Ou seja, o memorial representa uma biblioteca vazia, fazendo uma referência direta à noite da queima de livros neste local.



Na Unter den Linden,  a famosa Estátua de Frederico, o Grande, o rei da Prússia.


Aqui, mais dois prédios importantes da Unter den Linden: o Neue Wache, de arquitetura neoclássica (à esquerda), e o Zeughaus (à direita), que funciona como o Museu Histórico Alemão.


Prédio do Museu Histórico Alemão.





Ainda na Unter den Linden, vemos aqui o Kronprinzenpalais (Palácio do Príncipe Herdeiro), que tem sido usado para exposições e eventos culturais. O prédio foi destruído na Segunda Guerra Mundial e reconstruído em 1968. À esquerda dele (que ficou meio escondido na foto por causa das obras), fica o prédio Alte Kommandantur (também foi destruído na guerra). E à direita do Kronprinzenpalais fica o Opempalais, prédio construído entre 1733 e 1737. Detalhes sobre cada prédio histórico da Unter den Linden, você encontra na Wikipedia.



GENDARMENMARKT:




A Gendarmenmarkt é considerada a praça mais bonita da Europa e também foi destruída na Segunda Guerra Mundial. É, para mim, o lugar mais bonito de Berlim. Ela foi construída em 1688 como uma praça de mercado. Hoje ela é composta por três suntuosos edifícios formando um conjunto muito harmonioso e belo. Veja nas fotos.


Da Unter den Linden, continuamos andando a pé até a Gendarmenmarkt, que fica perto. A Praça Gendarmenmarkt é rodeada por restaurantes e cafés. 



E, como já passava mesmo da hora do almoço, paramos no Augustiner am Gendarmenmarkt. Adoramos o restaurante e conto sobre ele e sobre as comidas típicas que comemos aqui e em outros lugares de Berlim nesta postagem aqui




Esta é a Catedral Francesa, na Gendarmenmarkt. Não chegamos a visitá-la internamente por falta de tempo. É preciso pagar ingresso. 



Nesta foto, vemos a outra catedral da praça, a Catedral Alemã, que foi construída entre 1701 e 1708. Ela também foi destruída na Segunda Guerra Mundial e só foi reaberta em 1996. Mudando de assunto, observe na foto um grupo de ciclistas em frente à Casa de Concertos. É muito comum vermos em Berlim tours guiados feitos com bicicleta.



E no centro da praça fica a Schauspielhaus (funcionou como teatro até 1945), a atual Konzerthaus, ou seja, a Casa de Concertos. Ela é ladeada pelas torres gêmeas da Deutscher (Catedral Alemã) e da Französischer Dom (Catedral Francesa), as catedrais que mostrei acima. A Schauspielhaus ficou danificada na Segunda Guerra Mundial e foi reaberta como Konzerthaus em 1984.  



Foi difícil juntar os três edifícios da Gendarmenmarkt numa foto só e que ficasse boa. Aqui, a foto mostra a Catedral Alemã à esquerda da Casa de Concertos.




Aqui, vemos à direita da Casa de Concertos, a  Catedral Francesa. Ela foi construída entre 1701 e 1705. Foi destruída na Segunda Guerra Mundial e reconstruída em 1977. As duas catedrais são idênticas. No centro, a estátua do dramaturgo Friedrich Schiller. 



Muitos ciclistas circulam pela Gendarmenmarkt.


Novamente vemos aqui a Catedral Alemã, que fica em frente à Catedral Francesa. A Catedral Alemã, de 1708, é da Igreja Reformada Protestante. No seu interior, podemos ver uma exposição sobre a democracia na Alemanha. 



Entramos na Catedral Alemã e conhecemos a sua exposição (grátis).


Vista da Catedral Francesa a partir da Catedral Alemã. Uma fica bem de frente para a outra. À esquerda, nesta foto, a Casa de Concertos.


Vista da Gendarmenmarkt, a partir da Casa de Concertos.


Ainda na Gendarmenmarkt, há uma chocolataria que você não deve deixar de ir: a Fassbender & Rausch. Segundo a casa, trata-se da maior chocolataria do mundo, oferecendo variedades que nenhuma outra é capaz e com os melhores cacaus do mundo. Acredito. Na loja, encontrei uma variedade enorme de chocolates e em várias formas. Ai, ai, ai... Uma perdição. E as esculturas dos monumentos de Berlim feitas de chocolate são muito interessantes. A Fassbender & Rausch também tem um restaurante no segundo andar que serve refeições, chocolates, tortas etc. A casa fica aberta de segunda a sábado, das 10:00 às 20:00, e aos domingos, das 11:00 às 20:00. A cafeteria fica aberta de segunda a domingo, das 11:00 às 20:00. E o restaurante fica aberto de segunda a sexta, das 12:00 às 18:00.

Se quiser ver mais fotos dos chocolates da Fassbender & Rausch, clique aqui e aqui.




A escultura de chocolate da igreja Kaiser Wilhelm-Gedächtniskirche, na vitrine da Fassbender & Rausch. 


Chocolates de todos os tipos e tamanhos, inclusive vendidos por peso, na Fassbender & Rausch. São deliciosos.




Várias opções de chocolates, inclusive para levar para casa ou para presentear, na Fassbender & Rausch. Há em caixas, latas, canecas etc.



Tudo feito de chocolate! Olha só que lindos estes sapatos de chocolate. A gente fica até com pena de comprar para comer. rsrsrs



A enorme escultura do Reichstag feito todinho de chocolate!



Algumas das esculturas e delícias da Fassbender & Rausch.



FRIEDRICHSTRASSE:


Friedrichstrasse é uma das principais ruas de compras em Berlim junto com a Kurfürstendamm e a Tauentzienstrasse. Muitas lojas de grifes, como Gucci e Hugo Boss, estão na Friedrichstrasse. Mas talvez a loja que mais se destaque na Friedrichstrasse seja a filial da francesa Galeries Lafayatte. Além de ser linda por dentro, vende produtos de alta qualidade e marcas de luxo. Mesmo que você não saia de lá com nenhuma compra, vale a pena a visita. Para esta postagem não ficar longa, fiz uma à parte sobre compras em Berlim e lá mostro fotos do interior das Galeries Lafayatte e de outras lojas. É só clicar aqui. E não se esqueça de que, apesar da Friedrichstrasse ser uma rua chique, você encontra outras lojas bem mais acessíveis, como a H&M.


Caminhando a partir da chocolataria Fassbender & Rausch, acabamos saindo na Friedrichstrasse. Como era um domingo, todas as lojas estavam fechadas. Na verdade, eu queria chegar à pé ao Checkpoint Charlie, já que ele fica nessa rua. Aproveitei e tirei algumas fotos daqui e depois pegamos o metrô.



Friedrichstrasse, vazia e com todas as lojas fechadas no domingo.



As Galeries Lafayatte (à direita), na Friedrichstrasse. Veja, à esquerda, que há uma estação de metrô (é indicada com o símbolo "U") que deixa bem em frente à galeria.



Belíssimos prédios neste trecho da Friedrichstrasse.


CHECKPOINT CHARLIE E REDONDEZAS:

O Checkpoint Charlie é um dos locais mais visitados em Berlim e mostra a réplica do posto de controle da passagem entre os lados ocidental e oriental de Berlim, controlado pelos Estados Unidos. 


Checkpoint Charlie - o único posto de controle que autorizava o trânsito de estrangeiros entre a Berlim Ocidental e a Berlim Oriental. Com a Alemanha reunificada, o posto original foi retirado e o que vemos hoje aqui é uma réplica da cabine, mas no mesmo lugar da original.



Os soldados que ficam em frente ao posto de controle também são falsos. Na área do Checkpoint Charlie, você verá o Mauermuseum (Museu do Muro), que retrata o período da Cortina de Ferro. Aqui perto há também a Topografia do Terror, onde você verá um extenso fragmento intacto do muro de Berlim e uma exposição. 


 Esta placa no Checkpoint Charlie avisa que você está deixando o setor americano. Não preciso nem dizer que ela é muito clicada pelos turistas. 


Cartão-postal do Checkpoint Charlie 1961-1989. Vista da parte oriental da cidade com o muro construído em 1961 e a fronteira na esquina com Friedrichstrasse e Zimmerstrasse.



Não visitamos nenhum museu nas redondezas do Checkpoint Charlie, pois preferimos explorar a paisagem ao redor e encontramos muitas barraquinhas de comidas e bebidas, além de vários cartazes informativos nos muros perto do posto de controle, como mostro na foto abaixo. Há também por aqui muitas lojas (de souvenirs, há várias), restaurantes e cafés. 



Ao visitar Berlim, você acaba tendo uma aula de história mesmo sem querer. Você sempre se esbarra com algum memorial ou cartazes em muros com textos e fotos sobre o nazismo, a construção do Muro de Berlim etc., como aqui, perto do Checkpoint Charlie. Observe nesta foto que detrás deste muro há um strandbar ("bar de praia"), muito comuns em Berlim durante o verão. São a céu aberto, informais, e imitam o ambiente de uma praia. Este é o Charlie's Beach, que é relativamente pequeno em relação a outros da cidade.  Em frente ao Bode-Museum, há um strandbar maior. 



Área do Checkpoint Charlie na época da Guerra Fria e o cartaz "You are leaving the American sector". Gravura fotografada no muro perto do posto de controle Checkpoint Charlie.



Fotos e textos explicativos nos muros perto do Checkpoint Charlie. 



Checkpoint Charlie na época da Berlim dividida.


HOFBRÄU MÜNCHEN BERLIN:

Para terminar nosso primeiro dia na capital alemã, já estávamos com o nosso programa agendado e o local escolhido foi o excelente restaurante Hofbraü München Berlim. Além de ser um ambiente super agradável, com aquelas mesas enormes de biergärten, serve comidas típicas muito bem preparadas. Lá comemos as especialidades típicas alemãs Wiener Schnitzel Eisbein, além de termos experimentado uma das ótimas cervejas da casa. Falei mais sobre esse e outros restaurantes na postagem sobre as comidas típicas (aqui).


Deliciosa cerveja da Hofbräu München Berlim


ALEXANDERPLATZ (À NOITE):


Mas quem disse que o nosso dia terminaria com o restaurante Hofbräu? O bom de se conhecer a Europa no verão é que os dias são longos. Veja nas fotos abaixo. Já eram dez da noite aproximadamente e o dia ainda estava claro e a Alexanderplatz na maior animação.


E do restaurante Hofbräu, seguimos a pé até a Alexanderplatz, de onde pegaríamos o metrô para nosso hotel. Nesta foto, vemos o hotel Park Inn, a Galeria Kaufhof (a maior loja de departamentos de Berlim) e a igreja Marienkirche, a igreja mais antiga de Berlim (ao fundo) juntamente com a Nikolaikirche. E a Torre de TV, é claro!



Olha como é o estilo dos prédios antigos da Alexanderplatz, que ficava no lado oriental da cidade.


E novamente encontramos a Alexanderplatz em festa!



Até barraquinha de zuckerwatte tinha lá!



E os shows não paravam de acontecer. E o melhor: o público era convidado a participar. Só que eu não entendia nada do que era dito, pois era tudo em alemão...


Os shows aconteciam em diferentes partes da Alexanderplatz e alguns simultaneamente. Tudo grátis.  



O show pirotécnico da Alexanderplatz foi bem legal.



Um close para o Urania-Welzeituhr e para a hora marcada para o Rio de Janeiro nesta noite da Alexanderplatz.




Este vídeo são dois minutinhos de amostra do Berlin Lacht na Alexanderplatz. 



DIA 2:


ILHA DOS MUSEUS (MUSEUMSINSEL):




A Museumsinsel (Ilha dos Museus), que fica no centro de Berlim, reúne cinco extraordinários museus históricos que foram declarados Patrimônio Cultural da Humanidade da UNESCO em 1999:  Altes Museum (Old Museum),  Alte Nationalgalerie (Old National Gallery), Bode-Museum, Neues Museum (New Museum) e Pergamonmuseum. Esses são os principais museus de Berlim porque a capital tem muitas! Se você não tiver tempo nem para os cinco principais museus, então vá naquele que é de visita obrigatória: o Pergamonmuseum (Museu Pergamon). Esse abriga um dos portões da Babilônia e uma das mais importantes coleções de antiguidades da Europa. 

Como tínhamos poucos dias em Berlim, escolhi visitar internamente somente dois museus. Um foi, obviamente, o Pergamon, e o outro foi o Neues, por causa do famoso busto da rainha Nerfertiti. Além dessa valiosa peça, que você nem pode fotografar, o museu possui um prestigiado acervo de arte egípcia. Para ambos os museus, já saímos do Brasil com nossas entradas (dia e horário) reservadas. Nós usamos o Museum Pass Berlim, mas, mesmo com um passe, é recomendável agendar as visitas pela internet. Afinal, mais de três milhões de pessoas visitam a Ilha dos Museus por ano, então você já pode imaginar as filas para o Pergamon (para os outros museus, não vi grandes filas). A Ilha dos Museus também abriga a linda e imponente Catedral de Berlim (Berliner Dom). Já viu que não dá para deixar em hipótese alguma a Ilha dos Museus de fora do seu roteiro, né?   



Compra de ingressos para a Ilha dos Museus de Berlim:


Compramos nossos ingressos na Torre da TV (Alexanderplatz), mas há postos em outros pontos turísticos também. Escolhi o Museum Pass Berlim, que custou 24 euros. Com esse passe, você pode entrar livremente (sem pagar nada a mais) em todos os museus participantes em três dias consecutivos. Então, para você não correr o risco de ter a validade do seu ingresso extinta antes de ter feito todas as visitas que gostaria, deixe para escrever a data nele somente no dia que você fizer a primeira visita. E não adianta dar um de espertinho, deixando a data em branco para nunca perder a validade, porque os funcionários pedem para ver o verso do seu ingresso, e se ele estiver em branco, você vai ter que preenchê-lo na hora. É preciso preencher com seu nome também.

Já tendo decidido no Brasil que eu iria comprar o Museum Pass Berlin, fiz a reserva para os museus, antes mesmo da minha viagem, com dias de antecedência. É importante fazer a reserva da visita para evitar filas, conforme fui informada por e-mail por um funcionário deste site alemão que faz as reservas, em resposta à minha dúvida. Vou copiar aqui a instrução que me foi passada para realizar a reserva online no caso da pessoa já ter um passe (ingresso): "Please click “Prices / Tickets” and choose a museum. You can select a time slot after clicking “Buy ticket” and by picking the suitable ticket for EUR 0,00 which says either “Berlin Welcome Card Museumsinsel” or “Museumspass”. Museum admission is free for children and adolescents up to the age of 18 in the National Museums. It is nevertheless recommended to reserve a time slot for them as well."


Então, eu fiz minha reserva na internet seguindo os passos acima e deu tudo certo. Em segundos, eu recebi no meu e-mail as reservas (pelas quais não paguei nada) na quantidade que eu havia pedido e com os códigos de barra. Só que veio tudo em alemão, mas não tive problema em entender o principal: as datas e os horários escolhidos. Imprimi as reservas, levei-as comigo e pronto. Procedi da mesma forma tanto para o Neues Museum quanto para o Pergamonmuseum (ou "Museu Pergamon" ou "Museu de Pérgamo"). Chegando aos museus, tive que apresentar essa reserva, principalmente para o Pergamonmuseum cujas filas estavam enormes! O endereço eletrônico que utilizei para agendar as visitas foi este aqui.

Escolher o passe que seria o mais vantajoso para mim foi difícil porque eu não sabia se eu teria tempo de ver todos os museus que eu gostaria, quantas viagens nos meios de transporte eu precisaria fazer e se me sobraria um dia livre para ir até Potsdam (não sobrou!). No final, acho que fiz a escolha certa.

Para mais informações, consulte este site.






  • MUSEU PERGAMON:


O Museu Pergamon (Pergamonmuseum) é o museu mais famoso de Berlim e um dos museus de arte e arquitetura antiga mais importantes do mundo. Lá você vai contemplar as reconstruções de edifícios arqueológicos. O Museu Pergamon recebe em torno de um milhão de visitantes por ano. Impossível não sair de lá impressionado com, pelo menos, cinco de suas preciosidades: o Portão de Ishtar, o Mercado de Melito, o Caminho Processional da Babilônia, o Altar de Pergamon e a fachada do Palácio de Mshatta. São de deixar o queixo caído. Mas o museu tem muitas outras peças valiosas. 

A única notícia triste para quem está programando uma visita ao Museu Pergamon é que ele entrou em obras em setembro de 2014. Com isso, a sala que contém o Altar de Pergamon estará fechado e a estimativa é que só volte a abrir para o público em 2020. Mas, mesmo assim, a visita valerá muito a pena! Na época de sua visita, acesse o site do museu para ver quais partes estarão fechadas para o público.




Começamos nosso segundo dia com a Ilha dos Museus, pois já sabíamos que passaríamos uma manhã inteira lá. Pegamos um bonde e rapidinho chegamos, mas foi preciso fazer uma caminhada. Uma das primeiras visões do museu é logo para arrebatar: o Portão de Ishtar!  



Portão de Ishtar, uma das entradas da Babilônia, é do século 6 a.C.! Só em saber disso, já dá uma emoção e tanto. E ele está muito bem preservado. Uma peça raríssima! Ele foi construído com azulejos decorados com dragões e auroques (bovinos extintos em 1627).


Em frente ao Portão de Ishtar, que foi dedicado à deusa Ishtar. Através do portão, passava o Caminho Processional (mostro fotos mais abaixo). 



Quando você pensa que já viu o melhor no Museu Pergamon, você se surpreende com outra preciosidade: o Portão do Mercado de Mileto (120 d.C.). Ele é enorme, tem mais de 16 metros de altura. E é de impressionar!



Mercado de Mileto, ou "Miletus", no Museu Pergamon.



Piso de mosaico romano no Mercado de Mileto. Orpheus está acima, no centro.



Mercado de Mileto, no Museu Pergamon. Museu imperdível!



Pegue seu audioguia, pois você vai precisar. O museu é enorme, com milhares de peças, e somente as placas de identificação não são suficientes. É muita informação ao mesmo tempo e ainda saí de lá com muitas dúvidas. Mas também preciso confessar um problema meu: não tenho muita paciência para ouvir todas as explicações dos audioguias, prefiro fazer leituras. Ainda bem que existe a Wikipedia! 


Este relevo em mármore, que retrata o deus greco-romano Apollo (figura central), fazia parte da fachada do Teatro de Miletus. 


Peça em mármore com fragmentos originais (século 2 a.C.) e que fazia parte da Prefeitura de Miletus, cidade na Grécia Antiga.


Fragmentos do Portão do Mercado de Mileto.



Mercado de Mileto, Museu Pergamon.


Porém, o momento mais arrebatador de todos dentro do Museu Pergamon é quando você dá de cara com o Altar Pergamon (ou "Altar de Pérgamo" ou "Altar de Zeus"). O altar foi escavado e levado para o museu no século XIX. O Altar Pergamon é do século 2 a.C. e é o tesouro mais precioso do museu, por isso o nome do museu veio dele. 


Relevos que retratam a luta de deuses e gigantes da mitologia para governar o mundo no salão do Altar Pergamon.



A enorme sala do Altar de Pergamon e os frisos com esculturas gregas.



Os frisos em relevo. Aqui está Athena.



Este friso retrata Zeus contra Porfírio. 



Triton (à esquerda) e Amphitrite (à direita). 



A impressionante reconstrução do Altar de Pergamon. Ele foi dedicado a Zeus na cidade grega de Pérgamo, que hoje em dia é região da Turquia (Bergama). Deixe-se ficar aqui por algum tempo para entender um pouco da Grécia Antiga.



Salão do Altar Pergamon.



Altar Pergamon.



No Museu Pergamon, você também verá o Caminho Processional, que levava até o Portão de Ishtar. O caminho era decorado com azulejos com leões sagrados em relevo. Lindo e muito bem preservado. Esta é uma das salas mais impactantes do Museu Pergamon.


O Caminho Processional da Babilônia, que era bem grande. A faixa ocupa as duas paredes do salão do museu.



Leões ilustram o Caminho Processional (Museu Pergamon).




Corredor do Caminho Processional da Babilônia.



Aqui, já estou em outra sala do museu. Esta é uma fachada com mosaicos do Templo de Eanna, em Uruk (Iraque) - tipo de construção bem antigo e decorativo.



Sarcófago no formato de corpo humano, do primeiro milênio a.C.



Esta bacia d'água estava completamente destruída quando descoberta e se encontrava no Templo de Ashur (ou "Assur"). Os fragmentos originais foram utilizados para reconstruí-la e ficar desta forma como a vemos aqui. A localização e decoração desta bacia indicam que  ela era usada para rituais de purificação.


Preciosidades do Palácio Assírio no Museu Pergamon.


Palácio Assírio, outra joia do Museu Pergamon. 




Estátua do Deus do Tempo Hadad, no Palácio Assírio, ca. 775 a.C.




As impressionantes estátuas de leões no Palácio Assírio.


Mihrab - Nicho de oração da cidade de Konya, Turquia. 



Palácio Mshatta


Fachada do Palácio Mshatta, que foi presente do sultão Hamid 2º ao kaiser Guilherme 2º. Foi construído em 744 d.C. na Jordânia. Uma das mais bonitas peças do Museu Pergamon.




Tapetes orientais no Museu de Arte Islâmica do Museu Pergamon.




Sala Aleppo - fazia parte da casa de um mercador da cidade de Aleppo, na Síria. Início do século XVII. Pequenina, não? Arquitetura otomana.




Imagens: Altar de Pérgamo; Caminho Processional da Babilônia e maquete; enorme fila de entrada para o Museu Pergamon (para quem não tinha agendado a visita).


Quando saímos do Museu Pergamon, ainda tínhamos mais de uma hora livre para explorar a Ilha dos Museus antes da hora agendada para a nossa visita ao Neues Museum (Museu Novo). Foi quando fotografei a fachada dos outros museus do complexo, além da Catedral de Berlim (fotos abaixo).



  • ANTIGA GALERIA NACIONAL:

A Antiga Galeria Nacional, ou Alte Nationalgalerie (ou Old National Gallery), é uma importante galeria de arte de Berlim com obras que vão desde o século XIX ao século XXI. São muitas pinturas e esculturas oferecidas ao visitante. A galeria foi inaugurada em 1876. Para saber mais sobre a Antiga Galeria Nacional e ver fotos de algumas de suas obras, acesse esta página do site oficial da Ilha dos Museus.


Esta é a Antiga Galeria Nacional, que ostenta uma bonita escadaria na sua fachada.



Descansamos um pouco nos arredores da Antiga Galeria Nacional para refrescar nossa mente entre um museu e outro.


Ao lado da Antiga Galeria Nacional, há um bonito jardim e um bom motivo para uma pausa. 

E depois de um pequeno descanso, fomos explorar os outros prédios da Ilha dos Museus e a atmosfera em volta dela: 


  • BERLINER DOM (CATEDRAL DE BERLIM):

Em poucos minutos, demos de cara com a imponente Berliber Dom (Catedral de Berlim). Todas as edificações da Ilha dos Museus são lindas, mas a Catedral é a mais de todas. Ela chama mais atenção do outro lado, depois de você atravessar a ponte que corta o Rio Spree. Veja na foto abaixo. 







A Ilha dos Museus fica entre os dois braços do Rio Spree. Vários barcos passam por aqui em passeios turísticos.



Atravessamos a ponte para termos uma visão mais ampla da Catedral de Berlim e para conferirmos o movimento desta calçada, bem em frente à catedral, que conta com vários cafés.



Esta é uma outra parte da calçada em frente à Catedral de Berlim. Aqui vários bancos ficam disponíveis para você sentar e admirar a catedral, que passou por 40 anos de restauração.



A magnífica Catedral de Berlim, em estilo barroco, às margens do Rio Spree.



A Catedral de Berlim, a maior da cidade, foi construída entre 1895 e 1905.



A Catedral de Berlim fica ao lado do Lustgarten (ou, em inglês, Pleasure Garden). Infelizmente a catedral estava interditada para visitas durante os dias em que estive em Berlim. A catedral é linda por dentro, veja só no site oficial de lá. Acesse o site também para consultar horários e preços.



A Catedral de Berlim é uma catedral protestante. Sua fachada é de uma beleza ímpar.


Catedral de Berlim (Berliner Dom) - na Ilha dos Museus (Museumsinsel).


  • ALTES MUSEUM:
O Altes Museum (Antigo Museu) foi o primeiro museu público na Prússia e teve sua construção concluída em 1830. É um dos edifícios mais importantes da época Neoclássica. Foi destruído durante a guerra e reconstruído na década de 1960. O museu oferece uma surpreendente coleção de antiguidades clássicas e algumas delas você pode conferir em fotos e num vídeo pelo site oficial da Ilha dos Museus.


Veja que o Altes Museum lembra um templo grego. Em frente a ele fica o Lustgarten (Parque do Prazer), jardins onde muitos turistas e locais se sentam para um break. Nesta foto, estes jardins estão praticamente vazios, mas quando saímos do Neues Museum, eles estavam com muita gente descansando sobre eles.




A maquete mostra a Ilha dos Museus. Eles foram muito danificados durante a Segunda Guerra Mundial, mas foram todos reconstruídos.


  • BODE-MUSEUM:

O Museu Bode expõe esculturas, preciosidades de arte bizantina e um acervo de numismática. O museu leva o nome "Bode" em homenagem ao primeiro curador, Wilhelm von Bode.


O suntuoso Bode-Museum (Museu Bode). Para mim, a segunda edificação mais bonita da Ilha dos Museus, depois da Catedral.



Contornando o Bode-Museum, encontrei um simpático strandbar às margens do Rio Spree



Cadeiras e mesas do strandbar em frente ao Bode-Museum. Não aparece nesta foto, mas aqui há um pequeno bar onde as pessoas podem compras suas bebidas e comidas e levarem para suas mesas ou cadeiras de praia. 


  • Neues Museum:

O Neues Museum (Novo Museu) foi construído entre 1843 e 1855, mas foi severamente danificado durante a Segunda Guerra Mundial. Depois de um longo período de abandono e de reconstrução, ele reabriu suas portas em 2009. Nele estão o Museu Egípcio e o Museu de Pré-História e da História Antiga. Este foi o segundo museu que decidi visitar na Ilha dos Museus e o que muito pesou para essa escolha foi a peça mais famosa da casa: a Nefertiti. Ela, esposa de Akhenaton, era considerada a mulher mais bela de sua época. Ficou interessado em saber mais sobre a Rainha do Egito? O Wikipedia conta tudo.

No Neues Museum, você verá muitas esculturas, múmias e sarcófagos. Não deixe de pegar seu audioguia e de passar na loja de souvenirs do museu, onde vendem os mais variados cartões-postais de Berlim.  




Fachada do Neues Museum. Esta fila em frente ao museu é do Museu Pergamon, que se estendia até aqui. Não vi fila para o Neues Museum. Mas é um museu muito interessante e achei que fui muito feliz na minha decisão de visitá-lo.   



Interior do Neues Museum.



Interior do Neues Museum.




Neues Museum.



Neues Museum.



Neues Museum.



E eis aqui o maior tesouro do Neues Museum, o busto de Nefertiti. Ele foi descoberto em 1912. Vou lhe dizer que foi uma emoção ficar de frente para esta relíquia. Não permitiram fotografar a Nefertiti, nem sem flash. Do lado da peça estava um segurança fazendo a vigilância. Para não sair do museu sem nenhuma lembrança da obra, o jeito foi comprar um cartão-postal na loja do museu. Então esta imagem foi escaneada desse cartão-postal. O busto de Nefertiti fica no Museu Egípcio.


Monumento de túmulo que me chamou bastante a atenção, no Neues Museum.


Neues Museum.



Neues Museum.



Neues Museum.



Neues Museum.


POTSDAMER PLATZ:


Depois de visitarmos o Neues Museum, pegamos um ônibus na Lustgarten e fomos direto para a Potsdamer Platz, uma praça que conta com prédios modernos, lojas, restaurantes, cafés, cinemas e a Sony Center. Antes da Segunda Guerra Mundial, a praça era um centro de tráfego super intenso, com diversas linhas de bonde e ônibus (foi, inclusive, o primeiro lugar na Europa a contar com o sistema de semáforos), mas depois ficou abandonada por mais de 40 anos devido aos profundos danos provocados pela guerra. Com a queda do Muro de Berlim (Potsdamer Platz ficava no setor oriental), a praça foi reconstruída e totalmente modernizada. Na região, você encontra também um cassino e o shopping center de três andares Potsdamer Platz Arkaden. Estando na Potsdamer Platz, não deixe de observar no asfalto a faixa de paralelepípedos que indica que o muro passava por ali. Durante a existência do muro, a Potsdamer Platz era dividida em duas. Não deixe de ver também a réplica do primeiro semáforo europeu e fragmentos do Muro de Berlim. Conto mais nas legendas abaixo! 



Potsdamer Platz (o antigo centro da cidade) e os seus edifícios high-tech. Antes da Segunda Guerra Mundial, era considerada a praça mais movimentada da Europa, com vida intensa, lojas, teatros, cinemas, restaurantes etc., mas, com a guerra, quase tudo desta praça foi destruído.  



Edifício da Sony Center, que foi concluído em 2000, na Potsdamer Platz. A Sony Center é um complexo que reúne lojas, cinemas e restaurantes.



A cúpula futurista da Sony Center. Se possível, venha aqui à noite para vê-la iluminada com diferentes cores. Fica bem bonita.



Ao fundo, na Sony Center, o cinema IMAX, em 3D. 



Neste dia, almoçamos no Lindenbräu, que fica debaixo da cúpula da Sony Center. Eles servem várias especialidades alemãs e diferentes tipos de cerveja da própria fábrica.



No Lindenbräueu comi o tradicional prato de salsicha com chucrute. Nós gostamos muito desse restaurante e os preços são razoáveis.



Dentro da Sony Center. Ao, fundo a megaloja da Sony. Lá comprei uma máquina fotográfica por um preço que valeu muito a pena, ainda mais que tive direito ao tax free.



No pátio central da Sony Center, na Potsdamer Platz.



Saindo da Sony Center, olhe para o chão, ou melhor, para o "tapete vermelho", e você verá a Calçada da Fama (Boulevard der Stars). A rua homenageia com estrelas personalidades alemãs.




Não é Hollywood. É a Praça Potsdamer.



Em diversas partes de Berlim, como aqui em Potsdamer Platz, você verá uma faixa de paralelepípedos para mostrar que o muro passava por ali. Observe também nesta foto os bonitos edifícios. O prédio à direita é o Kollholf-Tower, que tem na cobertura o deck de observação Panoramapunkt, para uma vista magnífica da cidade.




Painéis com textos e ilustrações sobre o Muro de Berlim e a marca de paralelepípedos no chão mostrando onde passava o Muro de Berlim. Cenas da Potsdamer Platz.



Novamente a marca no chão do Muro de Berlim e, atrás de mim, a estação de metrô da praça. A plaquinha de ferro no chão diz "Berliner Mauer 1961-1989". Você verá essa placa em diferentes partes de Berlim. "Berliner Mauer" significa "Muro de Berlim".



À direita, está vendo um semáforo bem antigo? É que esse foi o primeiro semáforo da Europa (1924), mas ele é só uma réplica. A região antes da guerra era tão movimentada e de trânsito tão intenso que foi preciso colocar um semáforo. Observe que as luzes desse tipo de semáforo são dispostas horizontalmente. Viu quanta coisa você tem para ver na Potsdamer Platz? Visita obrigatória em Berlim!



A marca do Muro de Berlim no chão não deixa ninguém esquecer da história da Alemanha. A muralha dividiu a cidade por 28 anos. Foto da Potsdamer Platz.



Na Potsdamer Platz, perto da estação do metrô, há fragmentos do Muro de Berlim com muitas imagens e textos para contar sobre o período da Guerra Fria. Para que todos saibam e não se esqueçam dos estragos feitos pelo regime nazista. Berlim não apaga a sua história.







Este fragmento do Muro de Berlim na Potsdamer Platz tem um monte de chicletes mastigados grudados nele. Parece que essa moda colou mesmo aqui rsrsrs


Potsdamer Platz. Veja ao fundo um fragmento (pichado) do Muro de Berlim.


Mapa da Berlim dividida, na Potsdamer Platz.



Potsdamer Platz



Potsdamer Platz



As fotos e os textos nos fragmentos do Muro na Potsdamer Platz nos dão uma verdadeira aula sobre o que foi aquele período na história da Alemanha nazista. É muita informação. As imagens são muito interessantes.


Imagens de Berlim na época em que era dividida. Painel da Potsdamer Platz.



Essa é uma das imagens "clássicas" da história do Muro de Berlim. Alemães fugindo pelas janelas de seus apartamentos na Bernauer Strasse. 




Na Potsdamer Platz, há muitos cafés e restaurantes. Então, fomos tomar café e sorvete na Häagen-Dazs (ao fundo).




Na sorveteria Häagen-Dazs, na Potsdamer Platz 5. Lá eles também servem café e tortas. Foi uma boa parada para nosso rápido descanso. Só para você ter uma ideia de preços nos cafés em Berlim, uma bola de sorvete aqui custou 3,90 euros e um café 2,40 euros. Bem, mudando de assunto, depois de visitar a Potsdamer Platz, uma boa opção é ir à Topografia do Terror, pois fica perto. Mas, como já tínhamos dado uma overdose de conhecimentos às nossas mentes neste dia com nossa ida aos museus e com a leitura daqueles painéis da Potsdamer Platz, achei melhor deixarmos a Topografia do Terror para outro dia (mas acabou que não tivemos tempo...). Então, seguimos para o Memorial do Holocausto, que também fica perto da Potsdamer Platz. 



TIERGARTEN:

Caminhando em direção ao Memorial do Holocausto, passamos por dentro de uma parte do Tiergarten, um parque gigante em Berlim. O maior da cidade. Aliás, um dos maiores parques urbanos do mundo! Ótimo para pedalar, descansar, tomar sol, fazer piquenique e caminhar. Como eu sabia que não teria tempo de explorá-lo num roteiro apertado de quatro dias em Berlim, toda a oportunidade que eu tinha de passar por dentro dele no caminho para um ponto turístico, eu o fazia. E foi assim que eu conheci alguns trechos bem pitorescos do Tiergarten.   



Caminhando por este trecho do Parque Tiergarten, fiquei curiosa para saber o que era aquele memorial à esquerda na foto. Como não estava distante de mim, fui até ele e vi que era o Memorial to the Homosexuals Persecuted under the National Socialist Regime. Ele tem uma pequena janela pela qual você vê um vídeo mostrando um beijo gay. 



O Tiergarten é ótimo para um descanso, ainda mais quando o dia está ensolarado. Juro que se eu tivesse mais dias em Berlim, esticaria uma toalha aqui e faria um pequeno piquenique.



Pedalar no Tiergarten também é uma ótima pedida! 


MEMORIAL DO HOLOCAUSTO:

Memorial dos Judeus Assassinados na Europa, também chamado de Memorial (ou Monumento) do Holocausto, foi construído entre 2003 e 2005 pelo arquiteto Peter Eiseman. Sua intenção era homenagear os judeus mortos pelos nazistas e para isso ele criou essa exposição de vários blocos de concreto juntos, de diferentes tamanhos, formando labirintos, para causar uma sensação de intranquilidade. São, ao todo, 2.711 blocos de concreto que parecem formar um cemitério cheio de túmulos. No monumento, há uma passagem subterrânea com memoriais e informações sobre o Holocausto, mas não chegamos a conferir.


Memorial do Holocausto. Observe que atrás dele podemos ver a cúpula do Reichstag, ou seja, ficam a uma distância relativamente próxima. Então, uma alternativa de passeio pode ser visitar o Parlamento Alemão e o Portão de Brandemburgo, e depois vir para cá. 


Memorial do Holocausto.


Você pode sentar e descansar nos blocos de concreto do Memorial do Holocausto (há uns blocos bem mais baixos) ou "brincar" no labirinto.



Memorial do Holocausto, atração próxima da Potsdamer Platz. 




 Do Memorial do Holocausto você pode ir andando até o bunker de Hitler, que é o abrigo subterrâneo onde o líder nazista se matou com um tiro em 1945. Mas a capital se encarregou de apagar os sinais para que o ditador não atraísse simpatizantes, então tudo na superfície foi destruído. Contudo, foi colocado no local, que hoje em dia é um estacionamento, um painel com a devida indicação. O bunker de Hitler fica na Rua Gertrud-Kolmar-Strasse, bem de frente para a Rua In den Ministergärten. Pelo Street View do Google Maps, você consegue ver direitinho o local. Clique aqui para ver.



Não me interessei muito na ideia de ir ver "um estacionamento com uma placa" (o bunker de Hitler), então, do Memorial de Holocausto (depois de fazer umas comprinhas numa lojinha de souvenirs ali perto), decidi ir terminar meu dia na Praça Grosser Stern, já que a atração não demandaria muito tempo, era basicamente só observar, tirar fotos e ir embora. Fomos do Memorial do Holocausto até a Praça Grosser Stern a pé! Foi loucura, ainda mais para o fim de um dia cheio, mas, como não conseguimos entender como pegar um ônibus do Memorial do Holocausto até lá, fomos caminhando até o Portão de Brandemburgo (que, de fato, fica perto) e do Portão até a praça (esse trecho é que foi longo e meus pés reclamaram).  

Mais uma vez, estivemos em frente ao Portão de Brandemburgo. Desta vez, presenciamos uma manifestação pública. Como já falei, o local é muito usado para esse fim.



A faixa de paralelepípedo em frente ao Portão de Brandemburgo, mostrando onde passava o Muro de Berlim.




TIERGARTEN (DE NOVO):


Do Portão de Brandemburgo até a Coluna da Vitória (na tal  Praça Grosser Stern), é só ir a pé em linha reta, ladeando o Tiergarten ou, para o passeio ficar mais gostoso, caminhando por dentro do parque. Você também pode cortar todo esse percurso dentro de um ônibus, mas, não sei o que houve que não nos aparecia um mísero ônibus naquela hora, que seria muito bem-vindo.


Caminhamos pela Strasse des 17 Juni, que é a rua que corta o Tiergarten ao meio, até a Coluna da Vitória. No percurso, encontramos o Memorial de Guerra Soviético (Soviet War Memorial), em homenagem aos cerca de 2000 soldados mortos. 



Tanque de guerra que faz parte do Memorial de Guerra Soviético, que fica no Tiergarten.




E, como quem está na chuva é para se molhar, apesar do cansaço, entramos no parque para ver mais do Memorial de Guerra Soviético e encontramos textos em painéis sobre as marcas da Segunda Guerra Mundial em Berlim (sério, você vai ler muito numa viagem a Berlim).




Continuamos seguindo em direção à Coluna da Vitória e em vários momentos entrei no Tiergarten nesse percurso. Como falei, o parque é enorme. Além dos caminhos principais, há os secundários, que são muito convidativos. Dá vontade de se perder pelos bosques, mas para isso é preciso ter tempo.




Parque Tiergarten - muitas árvores, muito verde!



 Esta é a Strasse des 17 Juni, rua que leva do Portão de Brandemburgo até a Coluna da Vitória (Praça Grosser Stern). Você pode seguir direto pelo asfalto, ladeando a rua, ou por dentro do parque. 


E, depois de uma longa caminhada, chegamos à famosa Praça Grosser Stern, que ostenta a Coluna da Vitória (ou monumento Siegessäule). A coluna homenageia a Deusa Vitória e celebra vitórias conquistadas pelos reinos da região. A Praça Grosser Stern fica no meio do parque Tiergarten e sua Coluna da Vitória é também um símbolo de Berlim. No topo da coluna de mais de 60 metros de altura, há uma plataforma de observação, para uma vista panorâmica de Berlim, cujo acesso se dá por uma estreita escadaria de 285 degraus, mas é preciso comprar ingresso e ter disposição. Como eu já tinha visto Berlim de cima a partir da cúpula do Parlamento Alemão, nem incluí essa subida no meu roteiro. Sem dúvida, a Coluna da Vitória é um dos principais pontos turísticos de Berlim, e ela é muito bonita e tal, mas, sinceramente, já me contentaria se a tivesse visto apenas da janela de um ônibus.


Praça Grosser Stern, com a Coluna da Vitória Vitória para mim também, depois de ter chegado aqui a pé rsrs Mas, na hora de irmos embora, pegamos um ônibus (que demorou uns 20 minutos para chegar) num ponto de ônibus que há perto do monumento. 



No topo da Coluna da Vitória (ou monumento Siegessäule), a estátua dourada da Deusa Vitória.



DIA 3:


REICHSTAG (VISITA AO INTERIOR DA CÚPULA):

E, então, chegou o dia de nossa visita marcada à cúpula do prédio do Parlamento Alemão, o Reichstag. É o parlamento mais visitado do mundo!

O Parlamento Alemão é o supremo órgão constitucional da República Federal da Alemanha e o único órgão do estado que é diretamente eleito pelo povo. Ele é responsável por fazer as leis. Se você quiser saber detalhadamente sobre todas as funções do Parlamento, fique feliz porque, dento do prédio, há livretos de graça com mais de 50 páginas, em várias línguas, contendo muitas informações sobre o Parlamento. E há também uma boa quantidade de informações no Wikipédia


ATENÇÃO: Se você quer muito visitar a cúpula (o "dome") do Reichstag, aconselho fortemente a fazer uma reserva com antecedência. É muito fácil agendar pela internet e a visita é de graça. A fila que se forma em frente ao Parlamento é enorme e não garante vez lá dentro. Ao passo que, se você tem sua visita agendada, você passa na frente de todos os outros. Na entrada do prédio fica um funcionário com uma lista na mão checando todas as visitas agendadas para aquele dia. Basta chegar quinze minutos antes de seu horário e dar o seu nome. Ele procura no papel e pronto! Já li relatos de muitos viajantes que ficaram decepcionados por não terem conseguido visitar a cúpula por não estarem agendados. Vou lhe dizer que a visita vale muito a pena (foi a atração de Berlim que meu marido mais gostou); basta ver as fotos abaixo. Além de sua própria beleza, do topo dela a gente tem vistas bem bacanas de Berlim. Então, não vacile!



COMO AGENDAR SUA VISITA À CÚPULA DO REICHSTAG: 

Basta entrar no site oficial do Bundestag. É este aqui. Faça seu cadastro (é necessário), completando com todas as informações que pedirem, e reserve um dia e horário. Feito isso, o site envia automaticamente um e-mail com um documento em PDF contendo todas as informações sobre sua reserva. Imprima esse documento e leve-o com você no dia de sua visita junto com um documento de identificação válido. Se você for acompanhado, lembre-se de que todos do seu grupo precisam levar uma identificação e devem chegar juntos. Esse e-mail chegou em minha caixa postal apenas alguns minutos após eu realizar essa reserva online. O único problema é que no site não há tradução em português, mas há em inglês, por exemplo.



Aqui, estamos no interior da cúpula do Reichstag. A entrada dá direito a visitar o interior da cúpula e a subir até seu terraço. 



O prédio do Parlamento Alemão é um dos símbolos do período nazista, pois era daqui que Hitler comandava o 3º Reich. Mas é também um símbolo da queda do nazismo, pois, em 1945, o prédio foi tomado pelos soviéticos. Ah, não se esqueça de pegar seu audioguia quando chegar aqui. É grátis e tem gravação em português! 


As rampas em forma espiral dão acesso ao terraço da cúpula. Até a rampa é de se admirar!




Veja como é linda a coluna espelhada da cúpula do Reichstag.



Subindo a rampa da cúpula transparente do Reichstag.


E enquanto você sobe a rampa do "dome", você vai admirando as paisagens. Por exemplo, aqui vemos este gramado que faz parte do Platz der Republik. As celebrações pela unificação alemã aconteceram nesta praça em 3 de outubro de 1990. À direita, o prédio é o Federal Chancellery. O prédio de telhado branco no centro da foto é o House of World Cultures, também conhecido informalmente como "Pregnant Oyster" devido a seu formato.


Na cúpula do Reichstag.



E quando a gente está lá no topo da cúpula do Reichstag, a gente olha para baixo e acha tudo ainda mais bonito.



A linda cúpula transparente do Reichstag, fotografada agora do lado de fora, em seu terraço.



No terraço do Reichstag, onde você vai levar um tempo apreciando as vistas de Berlim.



Atrás, o prédio do International Trade Center, que é ocupado por 135 empresas de 15 países. Atrás do prédio, a Torre de TV, que fica na Alexanderplatz. Ao lado do prédio, está a Catedral de Berlim.



A cúpula no terraço do Reichstag.

Depois da visita ao interior da cúpula do Reichstag, fomos fazer umas comprinhas na Unter den Linden. Fomos a pé porque é perto e no caminho passa-se pelo Portão de Brandemburgo. Então, inevitavelmente tirei mais fotos desse majestoso monumento, que foi a atração de Berlim que eu mais gostei! Também pelo seu valor histórico de simbolizar a unificação da Alemanha.







O edifício da embaixada norte-americana na Pariser Platz.



UNTER DEN LINDEN E FRIEDRICHSTRASSE (DESTA VEZ, PARA COMPRAS):


Como já conhecíamos o lado direito da Avenida Unter den Linden, percorremos hoje sua calçada do lado esquerdo (a partir do Portão de Brandemburgo), mas não somente porque queríamos ver o restante das lojas da avenida, mas também para entrarmos na loja da Nivea, que é uma marca alemã. Ao longo desta calçada, há lojas de souvenirs também, além do excelente museu de cera Madame Tussauds. Depois da Unter den Linden, seguimos a pé para a rua Friedrichstrasse, desta vez para pegar as lojas abertas. Nesta postagem aqui, fiz alguns comentários sobre compras em Berlim e mostrei, entre outras coisas, o interior da loja Nivea e das Galeries Lafayette


Entrada do museu Madame Tussauds Berlin, na Avenida Unter den Linden.



Interior de uma grande loja de souvenirs na Unter den Linden.



Fachada da loja Nivea, na Avenida Unter den Linden.


Fachada das Galeries Lafayette, na rua Friedrichstrasse.



EAST SIDE GALLERY:


Depois de termos almoçado na Alexanderplatz e deixado nossas comprinhas no hotel, fomos para a East Side Gallery (só não me lembro se fomos de S-Bahn ou U-Bahn, mas há duas estações para desembarcar: a Ostbahnhof ou a Warschauer Strasse), que é considerada a maior galeria de arte ao ar livre do mundo. Ninguém sai de Berlim sem ver, pelo menos, um pedaço do que restou do muro de cimento, né? Até porque há sempre algum fragmento em algum ponto da cidade, principalmente nos pontos turísticos*. Mas o trecho do muro da East Side Gallery é enorme (tem cerca de 1,5 km de extensão) e está todo grafitado com vários tipos de desenhos coloridos retratando a liberdade (lamentavelmente alguns desenhos foram rabiscados por cima de modo infame...), e essa explosão de arte e de cores é o que faz da East Side Gallery exatamente o que ela é -  uma galeria de arte! Os painéis do Muro de Berlim da East Side Gallery foram pintados em 1990 por artistas de diferentes partes do mundo. A East Side Gallery está no lado oriental, daí o nome.

Mas a primeira coisa que me chamou a atenção quando eu caminhava da estação de trem até a East Side Gallery foi a Ponte Oberbaumbrücke, que fica bem perto do Muro. Tenho uma atração especial por pontes antigas e esta realmente me encantou. Além disso, essa ponte é considerada atualmente um símbolo da Alemanha unificada. Ela conecta Friedrichshain com Kreuzberg, bairros que antes eram divididos pelo Muro de Berlim.


* Exemplos de pontos turísticos onde você poderá ver o que restou do muro: a Potsdamer Platz, a Bernauer Strasse, a Topografia do Terror e a região do Checkpoint Charlie.  

Ponte Oberbaumbrücke cortando o Rio Spree, a poucos passos da East Side Gallery. 


Trem passando na bonita Ponte Oberbaumbrücke.



Ao lado da Ponte Oberbaumbrücke, há um strandbar, o Pirates Berlin. O "bar de praia" fica às margens do Rio Spree, sendo uma boa opção para quem procura este tipo de entretenimento. 



Depois da ponte, fomos ver de perto a East Side Gallery, esta parte que sobrou do Muro de Berlim que foi pintada e grafitada por artistas.



Este trecho grafitado da East Side Gallery é o seu lado feio. Mais à frente vemos ilustrações bem interessantes.



Este trecho da East Side Gallery é o mais famoso de todos, com o beijo dos líderes Leonid Brezhnev, da ex-URSS, e de Erich Honecker, da antiga Alemanha Oriental. O painel é de autoria do artista russo Dimitri Vrubel.


"Faixa da Morte" entre os dois muros de Berlim, na East Side Gallery.


East Side Gallery, no lado oriental da Alemanha.


Ilustração no "Muro da Vergonha", na East Side Gallery.



Imagens da East Side Gallery. Os grafites são uma marca de Berlim. 



A expressão da liberdade ilustrada no Muro da East Side Gallery. 



Depois da East Side Gallery, ainda fomos à Alexanderplatz, mas o que estava no roteiro mesmo era ver a Sony Center e o Portão de Brandemburgo à noite, com a iluminação que lhes confere uma beleza diferente. E pegamos o metrô só para isso mesmo. Chegamos, contemplamos, fotografamos e pronto.   



SONY CENTER (À NOITE):


As luzes coloridas da Sony Center só podem ser vistas à noite.



A cúpula iluminada da Sony Center.



Prédio na Potsdamer Platz e a cúpula da Sony Center iluminados à noite. 


PORTÃO DE BRANDEMBURGO (À NOITE):

O Portão de Brandemburgo fica lindo iluminado à noite. E a área com bem menos gente.


A iluminada Pariser Platz.



DIA 4:


ZOO BERLIN:


O Zoologischer Garten, ou o Zoo Berlin (Zoológico de Berlim), que fica em Tiergarten, é famoso por abrigar uma grande variedade de animais, entre os quais, ursos polares e um urso panda. Segundo o Zoológico de Berlim, ele é o mais diverso do mundo. É também o mais antigo da Alemanha, tendo sido aberto em 1844. Se você gosta muito de animais, ainda há mais três parques que você pode visitar: o Zoo-Aquarium Berlin e o Tierpark Berlin. O Aquário faz parte do complexo do Zoo Berlin, mas você pode visitá-los separadamente porque para cada um paga-se um ingresso, mas também há a opção do ingresso combinado.

Como eu adoro animais e visto que eu teria a oportunidade de estar dentro de um dos melhores zoológicos do planeta, eu incluí o Zoo Berlin no meu roteiro de viagem a Berlim, mesmo sabendo que eu teria de abrir mão de outros pontos turísticos porque um zoológico sempre demanda muito tempo. Mas a conclusão é que eu me arrependi. O zoo é bem grande, tem muitas espécies, mas a maioria dos animais eu veria na minha própria cidade e eu também não tive sorte nessa visita. O famoso urso panda não estava no zoológico (se eu não me engano, por causa do calor), não vimos os ursos polares (não sei se estavam escondidos) e os cangurus, espécie que adoro, estavam praticamente parados e muito distantes do público. Chegamos sim a ver um urso preto, mas ele estava também distante e não queria sair de sua "toca" na rocha (ele saía de um buraco e entrava em outro na rocha). Ou seja, os animais que eu mais queria ver, não vi. Chegou uma hora que eu até me irritei porque eu via as horas passando e eu "presa" naquele mundo animal rsrsrs 

Resumindo, se eu soubesse que minha visita seria dessa forma, eu teria facilmente trocado o zoológico por outro ponto turístico. Particularmente, acho que ele vale mais a pena para quem tem mais tempo na cidade ou para quem está acompanhado de crianças. Inclusive, há um parque dentro do Zoo Berlin especialmente feito para as crianças, com filhotes de animais (principalmente cabritos, ovelhas e potros) que ficam soltos circulando entre as pessoas e que podem ser acariciados. 



Fila de entrada para o Zoo Berlin



Zoo Berlin - Zoológico de Berlim.



Na foto superior à direita, vemos o quiosque do "zoo-lotterie" - jogo do bicho!



Zoológico de Berlim




No Tierkinderzoo, o parquinho das crianças. Fica dentro do Zoo Berlin.


No Tierkinderzoo - zoológico de Berlim. 



Os lobos do zoológico de Berlim





O Zoológico de Berlim tem bonitos jardins.



Entrada para o Aquário do Zoológico de Berlim. O Aquário é considerado um dos melhores do mundo. Não visitamos para ganharmos tempo e porque já conhecemos os de Londres e Lisboa, que são maravilhosos (principalmente o de Lisboa). 



No zoológico, há um restaurante (este da foto) e carrocinhas que vendem picolés.



Canguru carregando seu filhote no Zoológico de Berlim. Mal dava pra ver de tão distante que estava.









Uma das melhores atrações no zoológico de Berlim é a Casa dos Macacos. Pelo menos, são divertidos e os filhotes são uma atração à parte.







Flamingos no Zoo Berlin.




Zoológico de Berlim - Zoo Berlin



Os gorilas do Zoo Berlin são também muito procurados pelos visitantes.










Saímos do Zoo Berlin e seguimos a pé até as atrações abaixo, pois estão bem próximas: as ruas Kurfürstendamm e a Tauentzienstrasse, com todas suas lojas que berlinenses e turistas amam, e a histórica Kaiser Wilhelm-Gedächtniskirche, a igreja bombardeada. 


KURFÜRSTENDAMM; TAUENTZIENSTRASSE:

Para fazer compras em Berlim, estas duas avenidas devem fazer parte de seu roteiro: a Kurfürstendamm (ou "Kudamm") e a Tauentzienstrasse, que é continuação da Kurfürstendamm e que abriga a famosa loja de departamentos KaDeWe, a maior da Europa. Nessas duas ruas, encontram-se muitas lojas internacionalmente conhecidas, tais como Zara, H&M, Adidas, Benetton, Chanel, Gucci, Cartier etc., além do shopping Europa Center, que conta com a excelente loja de eletroeletrônicos Saturn. 

Mas a maior atração turística da região é provavelmente a igreja Kaiser Wilhelm-Gedächtniskircheque foi severamente danificada pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial. O que restou da igreja foi somente a torre e uma outra pequena parte, mas as autoridades alemães resolveram deixar os estragos sem restauração para que ninguém se esqueça dos malefícios da guerra. Infelizmente, a igreja  Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche foi envolvida em outro ataque, este bem mais recente, e desta vez a igreja foi testemunha. No dia 19/12/16, um atentado terrorista causou 12 mortes e meia centena de feridos numa área onde acontecia um Mercado de Natal (tão famosos e alegres na Alemanha) em frente à igreja. Um caminhão saiu da avenida e invadiu a feira causando a tragédia. Muito triste. Lamentável. Quando tanto ódio vai acabar?

Na região, você encontrará também muitos restaurantes e cafés. Nesta postagem aqui, falei somente sobre compras em Berlim, então lá dou mais detalhes e mostro mais fotos do local. 



Ao fundo, a igreja protestante Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche (fica no lado oeste de Berlim), que foi atingida por bombardeios aéreos em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1963 foi construída uma nova igreja ao lado dela. Infelizmente, não visitamos as igrejas por dentro porque estavam em obras.



O estilo da igreja Gedächtniskirche é o neorromânico. Veja que sua torre foi parcialmente destruída. A igreja, que é um dos principais pontos turísticos de Berlim, ficou hoje como um memorial.


O moderno shopping Bikini Berlin, bem perto do zoológico. Uma das boas opções não só para compras mas também para uma pausa num dos seus cafés.



A bonita fonte em frente ao shopping Europa-Center, que é o shopping mais antigo da Berlim Ocidental.



Na região da igreja Gedächtniskirche, há muitos restaurantes e cafés. Por aqui, um dos lugares mais aprazíveis para fazer uma refeição é ao redor desta fonte, em frente ao Europa-Center, mas ela pode se encontrar muito cheia.



Rua Tauentzienstrasse, repleta de lojas.


Escultura Berlin, na rua Tauentzienstrasse. Símbolo da Alemanha unificada.



A KaDeWe (Kaufhaus dês Westens) é a maior loja de departamentos da Europa. A loja fica no final da rua Tauentzienstrasse.



A KaDeWe é uma loja de departamentos muito sofisticada. Ela vende praticamente de tudo e sua seção de alimentos é maravilhosa, com vários produtos importados.



Parte do interior do shopping Europa-Center. Não é o dos melhores de Berlim, mas tem lojas muito boas. 



Um fragmento original do Muro de Berlim no Europa-Center.



A grande loja Saturn do shopping Europa-Center, na  movimentada rua Tauentzienstrasse.


Já cansados e depois de tomarmos um café na Kurfürstendamm, pegamos um táxi ao lado do Hard Rock Cafe e fomos visitar o Jewish Museum (Museu Judaico). Eu estava muito curiosa para ver o famoso prédio moderno do museu, além de, é claro, conhecer suas coleções. Além de tudo, nosso Museum Pass Berlin estava no seu último dia de validade, então eu queria aproveitá-lo para conhecer um terceiro museu da cidade. Acabou que nem foi preciso utilizá-lo, pois quando falta apenas uma hora para o museu fechar, a entrada é gratuita (pelo menos, no Museu Judaico, foi assim). Mas a experiência não é a das melhores porque você tem que ver tudo às pressas e os funcionários ficam "no seu pé" controlando seu tempo. Mas mesmo assim deu para a gente ver bastante coisa. O museu é muito rico, mas é muito específico sobre o povo judeu, sobre a relação entre eles e a Alemanha ao longo da história e sobre a influência que exerceram em Berlim. Tenha isto em mente porque se você tiver pouco interesse no assunto, o museu pode ser um pouco massante. Para mim, foi um pouco cansativo. Abaixo, mostro algumas fotos de lá.


JEWISH MUSEUM:


O Jewish Museum (Jüdisches Museum), ou o Museu Judaico, mostra muitos documentos pessoais e fotos com informações sobre a perseguição e emigração dos judeus. O material exposto é riquíssimo e há muita coisa interessante. 


Jewish Museum (Jüdisches Museum), museu que conta a história dos judeus na Alemanha.










Estou no Jardim do Exílio, no Museu Judaico de Berlim. O jardim simboliza a experiência vivida pelos judeus em exílio que foram retirados de seus lares na Segunda Guerra Mundial. São 49 blocos de concreto que dão uma sensação claustrofóbica para criar a ideia de que, apesar da fuga parecer possível, fisicamente não é. 



Exposição no Museu Judaico de Berlim (Jewish Museum).










Fachada do Jüdisches Museum Berlin (Museu Judaico), com o prédio antigo à esquerda e o prédio moderno à direita. As exposições permanentes do museu mostram a história judaica-alemã desde o fim da Idade Romana até os dias atuais.



O moderno prédio do Jewish Museum, projetado por Daniel Libeskind.



Em frente ao Museu Judaico.



Terminada nossa rápida visita no Museu Judaico, pegamos um ônibus num ponto que fica perto do museu (na mesma calçada) e fomos até a Alexanderplatz pegar o metrô para o nosso hotel. No caminho, da janela do ônibus, pude ver o bonito Prédio da Prefeitura mais de perto. 



Rotes Rathaus (o prédio da prefeitura) ou a Prefeitura Vermelha. Em inglês, chama-se Red Town Hall. Foi construída entre 1861 e 1869 no local da antiga sede da prefeitura.



DIA 5:


BERNAUER STRASSE E O MEMORIAL DO MURO DE BERLIM:


O Memorial do Muro de Berlim, que fica na Bernauer Strasse, conta a história do Muro de Berlim e especialmente sobre a fuga dos residentes dos edifícios desta rua de fronteira entre os dois lados da cidade, que desesperadamente tentaram escapar para o lado ocidental. No memorial, há, por exemplo, registros fotográficos de pessoas tentando descer com cordas das janelas de seus apartamentos para o lado ocidental enquanto outras literalmente se jogavam das janelas. Como a Bernauer Strasse pertencia ao setor francês da Alemanha Ocidental, esses prédios de fronteira tiveram de ser evacuados e as janelas e portas dos apartamentos que davam para o lado ocidental foram acimentados pelos guardas de fronteira da Alemanha Oriental e o acesso ao telhado foi bloqueado. 

O Memorial do Muro de Berlim se estende por muitos quarteirões e seu acesso é gratuito. Se você entende alemão, francês ou inglês, sugiro a leitura sobre o memorial neste site aqui, do Berlim Wall Memorial, que tem muitos textos explicativos. E neste outro site aqui (em inglês e alemão), The Berlin Wall, há vídeos muito esclarecedores que mostram a fuga dos residentes da Bernauer Strasse, além de depoimentos de alguns deles. E neste vídeo aqui, você entenderá bem de que modo esses edifícios da Bernauer Strasse ficavam bem na fronteira entre os dois lados de Berlim e como ficaram depois que suas janelas e portas foram cobertas com tijolos. O vídeo é muito esclarecedor. Não deixe de assistir pelo menos o início!  

Visitamos a Bernauer Strasse na manhã do nosso último dia em Berlim e não deu para fazer mais nada nesse dia porque nosso voo de volta a Lisboa era à tarde. E como o memorial se estende por uma grande área, não tivemos tempo de ver tudo, como, por exemplo, uma torre de observação original. Da torre, os soldados atiravam naqueles que se atrevessem a fugir para o lado ocidental de Berlim. Mas, apesar da pressa, achei que valeu muito a pena fazer essa visita, foi mais uma aula de história que tivemos. Lembre-se de que uma viagem a Berlim é incompleta sem um conhecimento in loco de seu passado. 




A histórica rua Bernauer StrasseO Memorial do Muro de Berlim encontra-se na Bernauer Strasse porque foi lá que, na noite de 13 de agosto de 1961, começaram a surgir as barreiras, pegando todo mundo de surpresa e deixando as pessoas impedidas de, por exemplo, verem seus parentes e amigos, de irem à igreja, enfim, de circularem livremente. 



As vigas de ferro na Bernauer Strasse mostram por onde passava o muro. Várias pessoas morreram em suas tentativas de atravessar o Muro de Berlim. Túneis subterrâneos também foram tentados. 



Neste muro da Bernauer Strasse, vemos a imagem da fuga do soldado Conrad Schumann, uma das mais simbólicas de 1961, ano em que a Alemanha foi dividida com o Muro. Conrad Schumann era um soldado, de 19 anos, da Alemanha Oriental, que tinha sido enviado para a Bernauer Strasse para fazer a vigilância do Muro em seu terceiro dia de construção. Mas o soldado acabou fugindo para a Alemanha Ocidental. O arame farpado que vemos na foto era uma cerca que já representava o muro, delimitando os dois lados de Berlim. No lugar do arame seria construído o Muro. Conrad Schumann pula essa cerca, largando sua arma no chão, e entra no lado ocidental, de onde soldados lhe esperavam ao grito de "Komm' rüber!" ("Venha!"). O soldado assim que pula a fronteira entra num carro da Polícia Ocidental que parou para ele e imediatamente o retira daquele local. Muitos T-shirts em lojas de souvenirs têm essa estampa. Sem dúvida, é uma das imagens mais famosas mundialmente que marcam o período da Guerra Fria.



No Memorial do Muro de Berlim, na Bernauer Strasse, há muitas gravuras que documentam o dramático período em que Berlim era geografica e politicamente dividida. 







Há muitos textos explicativos sobre o Muro de Berlim na Bernauer Strasse, especialmente sobre as consequências dele nesta rua.



Essas plaquinhas redondas de ferro no chão da Bernauer Strasse mostram o local onde as pessoas tentaram fugir e a faixa de paralelepípedo mostra por onde passava o muro. Uma das pessoas que tentaram a fuga foi Ida Siekmann. Ela saltou da janela do terceiro andar de sua casa, na Bernauer Strasse, mas acabou morrendo nove dias depois, em 22 de agosto de 1961, por causa dos ferimentos. Ela foi a primeira vítima fatal do Muro de Berlim.



A placa de ferro retangular com a inscrição "Berliner Mauer 1961-1989", indicando que ali passava o muro, e a placa de ferro redonda com a inscrição do nome da pessoa que tentou a fuga - na Bernauer Strasse.



Bernauer Strasse - a histórica rua que foi dividida entre o socialismo e o capitalismo.


Bernauer Strasse



Muitos painéis na Bernauer Strasse contam sobre o trágico destino de quem viveu separado de suas famílias, de amigos, de pessoas amadas. A foto ao centro, por exemplo, mostra os pais da noiva que moravam no lado oriental e que não puderam assistir à cerimônia de casamento no lado ocidental. Por causa do Muro, o casal só pôde fazer uma visita rápida aos pais (setembro de 1961). Mas mesmo as visitas rápidas acabaram logo sendo proibidas. Como pouquíssimas pessoas possuíam telefone, a única forma de contato era através de cartas monitoradas e de acenos em frente ao Muro. Multidões se reuniam em frente ao Muro para, ao menos, acenarem para seus familiares do outro lado da fronteira. A Polícia Alemã Oriental e as tropas de fronteira tentaram impedir até isso, mas, até a queda do Muro, Bernauer Strasse continuou a ser o lugar onde as pessoas combinavam de se verem à distância e trocavam acenos.     



O drama vivido na ruana Bernauer Strasse. Os prédios ficavam no oriente. A calçada, em frente, ficava no ocidente. Para fugirem, as pessoas se atiravam das janelas de suas casas.



Nesta foto, vemos a Capela da Reconciliação, no Memorial do Muro de Berlim. Essa capela foi construída para o Memorial no lugar onde havia uma igreja protestante, que teve de ser demolida pela Alemanha Oriental porque se encontrava exatamente na faixa da morte. 


BORNHOLMER STRASSE:

Com o horário apertado no nosso última dia em Berlim, ainda consegui incluir uma "atração" no meu roteiro, mesmo que eu tivesse que vê-la da janela do táxi, a caminho do aeroporto. Então, pedi para o motorista passar pela Bornholmer Strasse para eu ver a rua que ficou mundialmente conhecida por ter sido a primeira a ser liberada após a queda do Muro de Berlim. Na passarela da ponte Bösebrücke, na Bornholmer Strasse, multidões de alemães atravessaram a fronteira em 1989. A Bornholmer Strasse era uma das passagens de fronteira entre a Berlim Ocidental e a Berlim Oriental. Para entender melhor, veja estas imagens na Wikipedia e, se quiser saber mais como foi a liberação da rua Bornholmer Strasse na época, veja este vídeo aqui. Eu até me emocionei :-)


De táxi, passamos pela ponte da Bornholmer Strasse, a primeira rua liberada após a queda do Muro. A divisão entre os dois "mundos" opostos de Berlim foi então dissolvida.



O IBIS STYLES BERLIN MITTE:

Por fim, vou falar um pouco do hotel onde nos hospedamos em Berlim. Eu quis experimentar a categoria Styles da rede Ibis, então me hospedei no Ibis Styles Berlin Mitte. Como o próprio nome diz, está localizado no bairro Mitte, o mesmo bairro onde se encontra a mais famosa atração de Berlim, o Portão de Brandemburgo. É o melhor bairro para o turista se hospedar. 

Ibis Styles Berlin Mitte  fica perto da Alexanderplatz, mas chegar até lá a pé é cansativo. Muito melhor pegar o metrô, já que há uma estação em frente ao hotel, a Rosenthaler Platz. A localização do Ibis Styles Berlin Mitte é muito boa porque você está cercado de restaurantes, lanchonetes e, como falei, do metrô. Mas não pense que você pegará linhas diretas a partir da estação Rosenthaler Platz. Na maioria das vezes, você terá de fazer conexões na Alexanderplatz. Por isso, em termos de transporte, a melhor área para se hospedar em Berlim, na minha opinião, é a Alexanderplatz, de onde saem transportes com linha direta para vários pontos turísticos. O que conseguimos fazer a pé a partir do Ibis Styles Berlin Mitte foi o Memorial do Muro de Berlim, na Bernauer Strasse. Mas o custo-benefício do Ibis Styles Berlin Mitte foi bom. Afinal de contas, não foi um grande problema para mim fazer conexões na Alexanderplatz, pois são só alguns minutos até a praça de metrô. 

O diferencial do Ibis Styles Berlin Mitte é que você tem café da manhã (mas não achei grandes coisas) e wifi nos quartos inclusos na diária. E o hotel e os quartos são mais bem transadinhos, têm mais "estilo". Mas as diárias também são mais altas. Mas, enfim, apesar de eu ter gostado do hotel, não o achei tão estiloso assim. Os novos hotéis da Ibis "comum" são mais estilosos ainda. Conto mais detalhes nas legendas abaixo.
  

O quarto que reservei no Ibis Styles Berlin Mitte foi com cama queen. Quarto confortável, mas é pequeno.


Quando eu fiz reserva no Ibis Styles Berlin Mitte, eu já sabia que meu quarto seria assim: com o box do chuveiro dentro do quarto sem uma porta de privacidade. É o estilo moderno do hotel e, cá pra nós, bem esquisito. Como o quarto era somente para mim e meu marido, essa falta de privacidade não nos foi um problema. Mas, para quem vai com amigos ou parentes é furada. Ah, sim, o vaso sanitário fica num outro lugar dentro do quarto, onde só tem mesmo o vaso, mas tem porta!!! rsrs Só faltava não ter. E só há uma pia para lavar as mãos, com secador de cabelo e toalhas, mas também fica dentro do quarto. Quanto a isso não vi problema. A principal queixa deste hotel no Tripadvisor é mesmo da falta de privacidade no chuveiro.



A recepção do Ibis Styles Berlin Mitte.



Salão do café da manhã ao lado da recepção do Ibis Styles Berlin Mitte.



Salão do café da manhã no Ibis Styles Berlin Mitte.



Interessante painel no salão do Ibis Styles Berlin Mitte.



Há várias opções para comer ao redor do Ibis Styles Berlin MitteA casa Rosenburger, por exemplo, fica em frente ao hotel e lá fomos matar a fome da noite umas duas vezes, pois fica aberta até tarde. Hot dog por cerca de 2,60 euros e chicken nuggets  por 3,70 euros.



Fotos diversas do Ibis Styles Berlin Mitte.



Nosso quarto no Ibis Styles Berlin Mitte e a estação de metrô (identificada com a letra "U") praticamente em frente ao hotel.


 Nosso quarto Ibis Styles Berlin Mitte tinha vista para a Torre de TV Fernsehturm, um dos marcos da antiga Alemanha Oriental. Apesar de o quarto ficar no primeiro andar do hotel e de frente para uma rua muito movimentada, o barulho não invadia. Total das 5 noites: 546 euros, incluído o café da manhã.

OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE BERLIM:

- A língua falada é o alemão, mas me comuniquei muito bem em inglês. 

- Veja se não é mais vantagem para você comprar o Berlin Welcome Card, que pode ser encontrado num posto de turismo. O cartão dá acesso a todos os meios de transporte público e descontos em museus e outras atrações turísticas.


- O ônibus da linha 100 ou 200 faz o mesmo percurso do ônibus turístico vermelho e custa bem menos.

- Portal de turismo oficial de Berlim: http://www.visitberlin.de/pt



OUTRAS ATRAÇÕES TURÍSTICAS MUITO FAMOSAS EM BERLIM: 

Mauer Park - nos domingos de verão, muitos berlinenses vão para o parque pegar sol e se reúnem no anfiteatro às 15:00 para cantarem. Assisti a uma dessas cantorias no programa Lugar Incomum, do Multishow, e achei bem divertido.

- Topografia do Terror (Topographie des Terrors) - uma exposição que documenta a perseguição nazista. É um ponto turístico muito visitado, não deixe de ir.

- Palácio Charlottenburg - é o maior da cidade. Conta com um lindo jardim e seus aposentos estão abertos à visitação. Foi construído para ser a residência de verão da primeira rainha da Prússia, a Sophie Charlote. 

-  Olympiastadion - o estádio foi totalmente reformado para a Copa do Mundo de 2006.

- Nikolaiviertel - o bairro mais antigo de Berlim, perto da Alexanderplatz, lembra os tempos da Idade Média. 

- Hackesche Höfe - um complexo com oito pátios interligados cheios de restaurantes, galerias, bares, cinemas e teatro. 



ATRAÇÕES PRÓXIMAS A BERLIM:

- Campo de concentração Sachsenhausen

- Potsdam

- Poznan, na Polônia (Eu cheguei a me programar para fazer esta viagem, mas meus dias de férias foram encurtados e acabou que não deu. Mas a apenas 3 horas de trem a partir de Berlim, você conhece outro país e uma cidade que promete, que é Poznan.)  

OBS: A partir de Berlim, você pode conhecer outras cidades dentro e fora da Alemanha de trem em viagens razoavelmente rápidas. Uma maneira bem prática de saber quanto tempo leva cada viagem e quais são as mais populares é pesquisando no site da Raileurope. Como eu amo viajar de trem pela Europa, esse site para mim cria um mundo de possibilidades e é uma verdadeira tentação! :-)


2 comentários:

Unknown disse...

Perfeito seu texto. um passo a passo de Berlim. Pena que não o encontrei antes de ir para lá. Pesquisei vários textos na internet e nem todos foram tão claros. Pelo descrito aqui aproveitei e vi uns 80%. Parabéns

Regina Helena disse...

Muito obrigada, Soraia. Não fique triste, geralmente não conseguimos mesmo aproveitar tudo o que uma cidade oferece numa única visita. Eu queria ter podido visitar mais lugares, mas infelizmente não tive tempo. Seja sempre bem-vinda aqui! Abraços.