O PALÁCIO DA PENA: A EXTRAVAGÂNCIA DE SINTRA

No topo da serra de Sintra, repousa esplendorosamente um castelo que, para aqueles que o veem pela primeira vez, parece estar surgindo de um conto de fadas. Esse castelo é o Palácio Nacional da Pena ou, chamando-o pelo nome que tinha até o final da monarquia, o Castelo da PenaFoi eleito, em 2007, como uma das Sete Maravilhas de Portugal.

O Palácio da Pena foi construído a mando do rei D. Fernando II, quando este o adquiriu em 1838. Ele transformou um antigo mosteiro, que estava em muito mau estado, no palácio que vemos hoje, mas muita coisa foi acrescentada por ele. Em 1843 aproximadamente, D. Fernando II mandou ampliar o Palácio através de uma nova ala com salas maiores, dando origem ao Palácio Novo. O Salão Nobre, por exemplo, faz parte do Palácio Novo. As obras do Palácio da Pena foram concluídas em meados da década de 1860. Quando D. Fernando II faleceu, o palácio foi deixado para a sua segunda esposa, a Condessa de D' Edla (o rei deixou toda a propriedade para ela). Mas isso rendeu muita polêmica, pois na época o edifício já era considerado um monumento. Então, o Estado Português negociou com a Condessa a aquisição do Palácio para a Coroa Portuguesa, porém ela ficou com o usufruto vitalício do chalé do Parque da Pena, que tinha sido mandado construir pelo Rei D. Fernando II como local de veraneio reservado.

Do ano de 1838 a 1885, o Palácio foi habitado por D. Fernando II, sendo que a partir de 1860 com a Condessa D' Edla. Mas o palácio só se encontra de fato habitável em meados da década de 1860. Do ano de 1885 a 1890, foi habitado pela Condessa D' Edla; de 1890 a 1908, por D. Carlos I e D. Amélia; e de 1908 a 1910, por D. Manuel II. O rei D. Manuel ocupou o palácio depois do assassinato do Rei Carlos e do Príncipe Real em 1908. Com a implantação da República, o Palácio foi aberto ao público, mas só em 1909. 

O Palácio da Pena representa uma das maiores expressões da arquitetura romântica do século XIX. A intenção do rei D. Fernando II era fazer do mosteiro sua futura residência de verão. Segundo informações do site dos Parques de Sintra, "[...] na sua gênese, a Pena é um castelo romântico, de fantasia, que evoca a Idade Média de uma forma lúdica e cenográfica, tal como todos os castelos românticos do século XIX, entre os quais o Neuschwanstein, Schwerin e Hohenzollern."  

O Palácio de Sintra é, na minha opinião, a maior atração do vilarejo. Por isso, sugiro começar seu tour em Sintra logo com ele, pois merece ser admirado com muita calma. Reserve, pelo menos, duas horas para o palácio. Para poupar sua energia e tempo, compre seu ingresso na bilheteria do local com o traslado de ida e volta do micro-ônibus incluído. Ele leva do portão de entrada da atração até a entrada do palácio, que fica no alto da montanha. Paga-se um pouco mais por isso, mas vale a pena. Mas tem gente que sobe aquelas ladeiras até o castelo a pé mesmo. Você pode comprar seu ingresso só para o Palácio de Sintra ou pode comprar um ingresso combinado, que inclui o Palácio da Pena, o Castelo dos Mouros e o Palácio Nacional de Sintra (foi este que comprei), que sai mais barato do que comprar separadamente.  

Além da linda e extravagante fachada do Palácio da Pena, durante sua visita você irá admirar os seus diversos cômodos (gabinete, sala de leitura, quarto de dormir, casa de banho, copa, cozinha, capela, sala de visitas, sala de jantar etc.) e toda aquela mobília de época, a maioria do século XIX, e objetos de decoração também. É uma viagem no tempo e os móveis são lindos, dignos de uma realeza mesmo. Os aposentos são identificados com uma plaquinha para você saber que membro da realeza ocupava aquele espaço. Além da visita ao interior do Palácio da Pena, você também pode andar por seus encantadores jardins para mais uma sessão de belas fotos. O Palácio de Sintra fica no Parque de Sintra, encomendado pelo excêntrico rei D. Fernando II, que mandou plantar árvores e plantas de diversas partes do mundo.  

E uma observação que acho que vale a pena mencionar. Faz frio de manhã no Palácio da Pena, mesmo no verão. Bate um vento gelado mesmo. Depois, com o sol e com o movimento do corpo, você sente menos frio. Por exemplo, quando cheguei no Castelo dos Mouros, eu já sentia calor com meu casaco e precisei tirá-lo, ainda mais com o esforço da caminhada. Então, minha sugestão é que você leve um casaco leve na mão mesmo no verão. Agora, no inverno, o local deve ser um gelo!   

Para mais informações sobre o Parque e o Palácio Nacional da Pena, consulte o site oficial dos Parque de Sintra. Lá você encontra todas as informações relevantes para sua visita, tais como horário de funcionamento e modo de chegar. 

Veja também as seguintes postagens:

- É possível conhecer Sintra em um dia?

- Visita ao Castelo dos Mouros: Todo Esforço Compensa

- Palácio Nacional de Sintra: O Monumento das Chaminés



O micro-ônibus deixa o visitante bem próximo ao portão de entrada do Palácio da Pena. 



O Palácio da Pena é o primeiro palácio romântico da Europa. 





O micro-ônibus do Parque que sobe as ladeiras e leva os visitantes até bem perto da entrada do Palácio da Pena.



O Palácio Novo do Palácio da Pena.



Primeiro o visitante começa a explorar a vista no pátio do Palácio da Pena. É um impacto e tanto se ver cercado da grandiosidade e beleza do Palácio da Pena.



O Palácio Nacional da Pena é o maior símbolo de arquitetura romântica em Portugal.



O belo portão de entrada do Palácio da Pena - o Portal Monumental.




As janelas do Palácio da Pena, que é um castelo.







O Palácio da Pena, com partes em restauração.



O Palácio da Pena, que fica no topo da serra de Sintra, cercado de muito verde!







O Palácio da Pena causa um grande deslumbramento. Os turistas ficam extasiados.






As ladeiras em curvas do Palácio da Pena.






Palácio da Pena - a residência acastelada dos reis de Portugal.







A Torre do Relógio ao fundo.



Vitral da Capela do Palácio da Pena.


Capela do Palácio da Pena.



Ao fundo, o terraço com as mesas do restaurante do Palácio da Pena.









O Palácio da Pena era a residência real de verão.


O extravagante Palácio da Pena. 


A partir do Palácio da Pena, você tem uma vista fantástica do Castelo dos Mouros.



Busto de D. Fernando II - o "Rei Artista", como é conhecido. 



Sala de Jantar da Família Real. Mobiliário de carvalho encomendado em 1866 por D. Fernando II.



O claustro



No Palácio da Pena, você verá muitas peças de mobiliário do final do século XIX. Há também muitos objetos antigos espalhados pelos diferentes cômodos. São muito interessantes.






Mobiliário de um dos cômodos do Palácio da Pena. 



Mobiliário de um dos cômodos do Palácio da Pena. 







Mobiliário de um dos cômodos do Palácio da Pena. 



Casa de banho com decoração de finais do século XIX.


Parte da Família Real Portuguesa.






É muito interessante ver como eram certos objetos no século XIX, como este mata-borrão da foto, que só depois, com a ajuda de um leitor, descobri o que é :-)






Quarto das Damas, do Palácio da Pena. Mobiliário do século XIX.









Achei linda esta cama antiga, toda trabalhada. Entrar em cada cômodo do Palácio da Pena é como entrar num túnel do tempo. E como eu adoro tudo que é antigo, eu fiquei fascinada com os móveis e a decoração dos quartos.











O aposento com um cofre do século XVIII (à direita).



O retrato da Rainha D. Amélia.










Olha o teto deste salão, que lindo é! É a Sala Árabe.



















Fiquei encantada com essa cantoneira e esta cadeira.











Este é o Salão Nobre do Palácio da Pena, que, no tempo de D. Fernando II, era conhecido como "Salão dos Embaixadores". No tempo de D. Carlos I, era o "Sala do Bilhar". É o cômodo mais bonito do palácio, na minha opinião. 



Mobiliário do século XIX do Salão Nobre do Palácio da Pena. 



Retrato de D. Fernando II, o rei que mandou construir o Castelo da Pena. Ele casou em 1836 com a rainha portuguesa D. Maria II e com ela teve 11 filhos. A rainha faleceu em 1853 ao dar à luz o seu 11º filho. Em 1859, o viúvo conheceu Elise Friederike Hensler, uma cantora de ópera americana de origem suíça-alemã. Os dois se casaram em 1869.







A Cozinha Real do Palácio da Pena. Olha os fogões da época!



Os utensílios em cobre da Cozinha Real.





No terraço do Palácio da Pena. À direita, o restaurante. O difícil é conseguir uma mesa aqui. No verão, este espaço fica lotado.



Afinal, não é todo dia que se pode comer com esta vista aqui!






O Palácio da Pena é um exuberante castelo! O edifício vermelho é o antigo mosteiro e o edifício amarelo é o Palácio Novo, que foi acrescentado pelo rei D. Fernando II. Observe as formas geométricas do palácio.



O Portal Monumental do Palácio da Pena. 



A estrutura arquitetônica do Palácio da Pena retrata o Período Romântico.


Estou no terraço do Palácio da Pena. Uma das melhores visões que se pode ter do castelo é daqui. É uma sensação interessante que se tem aqui, com esta visão. Parece que essa torre da guarita flutua neste cenário, de frente para a floresta de Sintra. Estar aqui é estar num lugar mágico.




O Palácio da Pena é cercado de espaços verdes.




Depois da visita ao interior do Palácio da Pena, fomos conhecer os jardins românticos que ficam em frente. 



Os jardins em frente ao Palácio da Pena.



Parte dos jardins românticos do Parque da Pena, Sintra.



Na foto, pessoas subindo para o Palácio da Pena, que fica dentro deste parque.


O Palácio da Pena é, sem dúvida, uma das maiores atrações de Portugal e um dos mais lindos monumentos do mundo!



2 comentários:

Anônimo disse...

Cara Regina,

Estava à procura de fotografias da sala das Galés no Palácio da Vila, e encontrei esta sua partilha. E como sou de Sintra, fico sempre curioso por saber o que pensam os visitantes sobre o lugar; e pus-me a ler. E fiquei obviamente contente por saber que gostou da vila.

No entanto, um pequeníssimo detalhe, que é o que me faz escrever-lhe: sobre certa fotografia aqui, refere que é interessante ver como eram os objectos no século XIX, como certo "carimbo" nessa fotografia. Mas o objecto em causa não é um carimbo: é um mata-borrão :)

Enfim, agora vou ler o que escreveu sobre Lisboa, onde nasci. Espero que também tenha gostado. E de qualquer forma, obrigado pela partilha :)

Pedro

Regina Helena disse...

Pedro, muito obrigada pela correção. Já consertei na legenda, inclusive. Fui pesquisar agora e só assim eu aprendi o que é um mata-borrão e achei muito interessante como era a sua utilização. Adoro a cidade onde você nasceu. Eu sou da região do Douro, de Baião, mas moro no Rio de Janeiro. Se encontrar alguma incoerência na postagem de Lisboa, pode me corrigir à vontade! Adoro aprender. Mais uma vez, obrigada pela colaboração! Abraços!