PRAINHA, MIRANTE DA PRAINHA E PARQUE DA PRAINHA: REFÚGIOS NUM PARAÍSO DO RIO DE JANEIRO

Ninguém tem dúvidas sobre as praias mais famosas do Rio de Janeiro entre os turistas: as Praias de Copacabana, Ipanema, Leblon, Arpoador, Barra, entre algumas outras. Elas são praias realmente muito bonitas e não podem ficar de fora de nenhum roteiro à Cidade Maravilhosa. Mas há uma praia bem afastada do centro da cidade que nem todo turista se dispõe a conhecer, ou pela distância, ou pela falta de transporte público, ou porque não é a das mais badaladas ou até mesmo, em alguns casos, porque nunca ouviu a respeito. É uma pena. Porque a Prainha é um pedacinho de um paraíso que, justamente por estar "escondida" e afastada, torna-se um privilégio daqueles que procuram por um contato menor com a civilização e uma sintonia maior com a natureza. Ela está numa área de proteção ambiental e, como seu nome já indica, é pequenina, mas é de uma grandeza... Vamos conferir neste passeio? Chega mais! 


(Clique aqui para ver a postagem com a trilha completa para o Mirante do Caeté.)

Vindo pela Barra da Tijuca, é só continuar até o Recreio, seguir a Avenida Estado da Guanabara e em poucos minutos a Prainha já estará despontando para você. Veja que pouco antes de se chegar à Prainha, há um recuo à direita onde os motoristas podem parar para tirar as primeiras fotos da vista deslumbrante que se tem do mar e das montanhas.


Logo adiante, você já estará bem de frente à Prainha. A única preocupação que você terá ao chegar aqui é encontrar um lugar para estacionar seu carro, que, como se pode ver, não é fácil. A Avenida Estado da Guanabara, que é a da Prainha, é estreita e de mão-dupla, então não sobra muito espaço ao longo dela para deixar seu carro. Mas você pode deixar um pouco - ou bem - mais distante daqui, dependendo do dia que você resolver visitá-la. Nos finais de semana, dependendo do horário, pode-se tornar uma missão impossível. Outra opção para estacionamento, que também é bem disputado entre os motoristas, é este espaço à esquerda.



Refiro-me a este espaço aqui, que fica entre o Parque da Prainha e a própria praia. Aqui conseguimos achar uma vaguinha, pagamos os cinco reais cobrados pelo guardador de carros, e bastou atravessarmos a rua para entrarmos nela, que é uma das praias mais fotogênicas do Rio de Janeiro. É preciso frisar que estamos aqui num dia de semana, numa quinta-feira, quando se torna muito, muito mais fácil conseguir vaga para estacionar. Se puder, evite os finais de semana, ou chegue bem cedo.  



Sei que pode ser difícil conseguir ir à praia num dia de semana, mas é quando a Prainha é muito mais interessante, pois ela fica muito mais tranquila e agradável. Portanto, procure se programar, aproveite aquele dia de folga ou de férias durante a semana, pois, além desse visual, você aproveitará de momentos de muito sossego. E não é isso que você está procurando? Observe também que há um quiosque - o único - em frente à Prainha que serve bebidas e petiscos e oferece mesas e cadeiras na calçada.



É só descer uma pequena escada em frente à Prainha e você já está pisando nas areias da praia mais querida no coração de muitos cariocas.



Veja que a Prainha é bem pequena e, sem dúvida, esse é um dos motivos mais fortes de ser tão adorada. Assim, mais abraçados nos sentimos por ela. Aqui vemos a extremidade esquerda da Prainha, com o morro e a Avenida Estado da Guanabara ao fundo.



E esta é a extremidade direita da Prainha. Aqui você verá muita gente bonita, famílias com crianças e surfistas, pois a Prainha tem ótimas ondas para o esporte. Por ser uma praia mais afastada do centro da cidade, não é difícil encontrar por aqui artistas de televisão à procura de privacidade.



Aqui temos uma visão da Prainha a partir do mar, com a vegetação da Mata Atlântica ao fundo, que só ajuda a dar aquele cenário de um pequeno paraíso.



O mar da Prainha é de ondas fortes, o que atrai muitos surfistas. Pais devem tomar muito cuidado com suas crianças no mar.



E, como já é o que se espera, a Prainha conta com um posto de observação com guarda-vidas.



Caminhando um pouco em direção à extremidade direita da Prainha, você vai encontrar muitas pedras na areia e, com certeza, essas pedras serão bem-vindas no seu caminho.



Porque as pedras da Prainha dão um tom de exuberância à praia. 



E se for para tirar fotos suas na Prainha, essas pedras não podem deixar de ser suas coadjuvantes. Vai dizer que elas não são fotogênicas?



A Prainha, vista por entre as pedras, fica com uma imagem ainda mais idílica. 



Quanto mais distante do centro da Prainha, mais deserta ela vai ficando e, para mim, mais interessante também. Agora, está vendo aqueles guarda-sóis lá no fim da praia? Eles são do Restaurante Mirante da Prainha e já já vamos chegar lá. (Você pode clicar em qualquer uma das fotos para vê-las ampliadas). 



Ao fundo, o Mirante da Prainha.



Chegando ao Mirante da Prainha pela areia da praia. É só subir esta pequena escadaria e... 



Voilà! O Mirante da Prainha e o cheirinho do peixe na brasa aguçando seus sentidos!



Seu lugar na sombra é aqui!



As mesas do Restaurante Mirante da Prainha ficam estrategicamente de frente para o mar azul da Prainha. É difícil encontrar um lugar mais isolado da civilização, mais aprazível, mais sossegado e mais bonito do que este no Rio de Janeiro. 



O Restaurante Mirante da Prainha é este quiosque à esquerda. Dali saem bonitas travessas com diferentes tipos de comida, desde petiscos a refeições completas. O peixe é assado numa churrasqueira, fora do quiosque. Ô só na foto abaixo!



A churrasqueira onde são assados os peixes do Restaurante Mirante da Prainha.



Tem até um pequeno parquinho para as crianças se distraírem.



Várias mesas e cadeiras do restaurante ficam distribuídas ao longo de todo o trecho do mirante.



Nessa casinha ao fundo, ficam um banheiro masculino e um banheiro feminino. São muito simples, mas funcionam direitinho. A pia para lavar as mãos fica do lado de fora.



Se você não quiser chegar aqui caminhando pela praia e quiser vir direto de carro, é só estacionar em frente ao restaurante (ou onde encontrar vaga), no número 689 da Avenida Estado da Guanabara (nesse espaço à direita onde estão os carros estacionados). Repito, nos finais de semana, a Prainha fica lotada, por isso, pode não ser fácil encontrar vaga para estacionar. Horário de funcionamento do restaurante: das 10:00 às 16:00.



É muito gostoso comer num lugar de frente para a praia, com esse marzão à nossa frente, em total sintonia com a natureza. Esta é a vista do Mirante da Prainha.



Vista a partir do Mirante da Prainha.



Fala sério, não é de se querer esquecer da vida num lugar como esses? Mirante da Prainha.  



Como se pode ver, é tudo muito simples e rústico no Mirante da Prainha. Mas, pergunto mais uma vez: Não é isso que você está procurando?



Veja que num dia de semana o Mirante da Prainha fica bem tranquilo. Muitos turistas gostam de aportar aqui. 



Se o restaurante do Mirante da Prainha estiver tranquilo e se você só quiser beber um drink ou uma água de coco, não se acanhe. Eles vendem também cervejas, energéticos, refrigerantes, Vodka etc. Nós, por exemplo, só bebemos uma água de coco por conta de falta de tempo. Mas, olha, não faltou vontade de almoçar aqui. Mas ainda tínhamos um compromisso no dia, com hora marcada, e almoçar aqui olhando para o relógio não combina nem um pouco com o clima. 


O peixe que acabou de sair da brasa, prontinho para chegar a uma mesa. Não vejo a hora de voltar aqui para almoçar e poder dizer se, além do visual, a comida vale a pena. Eles têm uma variedade razoável de petiscos e pratos principais. Os pratos, eles disseram que dão para duas pessoas. Os preços não são baratos, mas também não são caros. Exemplos? Vou dar. Entradas: porção de aipim frito (R$15,00); casquinha de siri (R$12,00); filé de peixe aperitivo (R$40,00); manjubinha (R$20,00); lula à dorê (R$40,00); porção de seis pastéis (R$24,00); filé de carne aperitivo (R$40,00), camarão ao alho e óleo (R$70,00). Peixes: anchova frita ou grelhada na brasa (simples: R$65,00; acompanhada: R$85,00); robalo frito ou grelhado na brasa (simples: R$104,00; acompanhado: R$127,00). Moquecas: badejo com camarão (R$115,00); caldeirada de frutos do mar (R$148,00). Prato infantil (steak de frango, batata frita, arroz e salada: R$19,00). Prato individual: filé de salmão grelhado na brasa acompanhado (R$48,00). Gente, são preços em vigor agora, em setembro de 2014



Depois da água de coco no Mirante da Prainha, voltamos pela praia. Mas o nosso passeio ainda não terminou.



Nossa intenção era também conhecer o Parque Natural Municipal da Prainha e fazer a trilha até o Mirante do Caeté. O parque fica bem em frente à Prainha (Avenida Estado da Guanabara, 58). A entrada é gratuita e o horário de funcionamento é das 08:00 às 17:00, mas no horário de verão é até as 18:00. 



A estrutura do parque é muito boa, pois além de banheiros separados para homens e mulheres, há também duchas. Os banheiros são simples, mas já são o maior adianto e são de graça.



Interior do parque, que conta também com Centro de Visitantes. A segurança é mantida pela guarda municipal. O Parque Natural Municipal da Prainha foi criado em 1999 e inaugurado em 2001. Ele é recoberto pela Mata Atlântica em um espaço de proteção do meio ambiente. E é graças aos surfistas, que sempre vieram pegar as boas ondas da região, que iniciou-se o processo de criação da Área de Proteção Ambiental da Prainha. Eles foram veementemente contra a construção de um condomínio residencial e hoteleiro nesta região e a favor de sua preservação ambiental.



No Parque da Prainha há também um parquinho para crianças, mas veja que durante a semana ele fica vazio.



E, então, começamos a nossa trilha até o Mirante do Caeté. Éramos só nós naquele horário. O parque fica realmente vazio durante a semana, mas não é perigoso. Ah, lembra que eu falei que ainda tínhamos um compromisso? Pois é, estávamos com uma certa pressa, mas eu ainda achava que daria tempo de fazer toda a trilha até o mirante. Mas não deu. Chegamos bem pertinho, mas resolvemos voltar para não nos atrasarmos. A subida leva cerca de trinta minutos.  


A trilha é mesmo dentro da mata e é tranquila na maior parte do tempo. Há, entretanto, que se tomar cuidado com alguns trechos mais estreitos (não é o caso nesta foto), em que você tem que se equilibrar com os pés e se segurar numa árvore.  


A subida para o Mirante do Caeté exige um certo esforço físico, mas não é difícil para quem já faz trilhas. Achei a subida cansativa, mas acho que é porque não estou acostumada com este tipo de atividade física. Mas também não vou dizer que é qualquer um que pode fazer, depende da idade e das condições físicas de cada um.


Para chegarmos a ter esta vista, já tínhamos tido uns 20 minutos de muitas subidas e algumas descidas. 



Só quando você está quase chegando ao Mirante do Caeté é que você começa a ver a paisagem do mar, das montanhas e da Prainha se descortinando à sua frente.



Vista a partir da trilha do Mirante do Caeté.



Você terá de caminhar pelo meio da floresta em caminhos assim. Mas lá do topo, no Mirante do Caeté, seu esforço será recompensado com a vista das praias da Macumba, do Recreio e da Barra da Tijuca.



Mas, infelizmente, como falei, tivemos de voltar antes de completarmos o percurso completo ao Mirante do Caeté. Porém, faremos a trilha completa em breve (E fizemos! Confira aqui.). Aqui, já tínhamos descido até quase a entrada do parque. 



Pegamos o carro e voltamos. Só na volta é que paramos neste acostamento à direita para tirarmos fotos como fazem muitos turistas. O mais certo, porém, é parar na ida para quem vem da Barra, já que o acostamento está na mesma direção para quem chega.



Outra foto tirada do acostamento, agora com o visual do lado esquerdo.



E este é o mirante - Mirante do Roncador - um pouco mais à frente, para quem está voltando da Prainha, em direção à Barra/Recreio. Aqui já há um estacionamento razoavelmente grande. 


Estacionamento do Mirante do Roncador.



Muito melhor tirar fotos naquele acostamento que mostrei acima, pois a vista lá é mais descampada e você consegue melhores fotos.


Agora, me diga. Você, que é carioca, já foi à Prainha? Não? Então, não perca mais tempo e se dê o direito de ter um dia de relaxamento em um pequeno pedaço de paraíso. Já foi, mas já tem pra lá de anos? Então, já está na hora de voltar, pois você irá encontrá-la muito diferente. E você, turista, já ouviu falar da Prainha? Então, na sua vinda à Barra da Tijuca, bairro que você provavelmente irá visitar, procure encaixar a Prainha no seu roteiro, pois é só esticar um pouco o passeio e você logo estará nela. Mas o melhor mesmo é poder aproveitar uma manhã para se esticar na areia da praia e depois almoçar no Mirante da Prainha (ou, quem sabe, em Pedra de Guaratiba). Se o seu interesse for só ver as paisagens, então vá mais um pouquinho adiante e encontre outra praia paradisíaca (se é mais bonita ou não do que a Prainha, quem vai dizer é você), que é a do Grumari. Mas, se tiver tempo, reserve um dia para cada uma delas. 

Não há transporte público para a Prainha e para a Praia do Grumari, mas já ouvi falar no Surf Bus, que faz um roteiro desde Botafogo até a Prainha (somente). Se for de táxi, combine com o motorista um tour para que ele o espere e o leve de volta também, pois é muito difícil passar táxis por ali. E acerte o valor antes para não haver surpresas. O melhor mesmo é ir de carro particular. 

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